(Foto: Vinícius Sobreira/BlogImagem) Na entrevista concedida ao Blog de Jamildo e ao Jornal do Commercio, o candidato do Democratas à Prefeitura do Recife, Mendonça Filho, minimizou apadrinhamento dos concorrentes e disse não ter problema de dialogar com gestores de outros partidos.
Diante de dois partidos no poder, de um lado o PT com apadrinhamento de Lula e do outro o PSB com apadrinhamento do governador Eduardo Campos, o candidato “órfão” de padrinhos - já que Jarbas passou para a Frente Popular - Mendonça Filho disse não se intimidar diante do forte apadrinhamento dos adversários Humberto Costa (PT) e Geraldo Julio (PSB). “(O fator Lula e Eduardo) É uma dificuldade, sim.
Mas a gente relativiza.
Na última eleição (municipal, em 2008) Lula (PT) estava no poder e tinha ainda Eduardo (PSB) e João Paulo (PT) no bloco.
Mas João da Costa (atual prefeito, do PT) ganhou por pouco mais de 1% (no primeiro turno, com mais de 51% dos votos).” O democrata afirma ainda que a estratégia do “andor” utilizada naquele ano está sendo repetida neste, já que em 2008 o petista João da Costa era pouco conhecido pelo eleitorado recifense e precisou dos apoios de Lula, Eduardo e João Paulo para se eleger. “Naquele ano foi vendido que era a melhor coisa do mundo que o prefeito, o governador e o presidente fossem alinhados politicamente.
Mas cadê?
Deu briga.
A Prefeitura não correspondeu às expectativas.
O povo tem pensado, refletido.
Essa mensagem não pode ser vendida de novo.
Vira enganação.” Mendonça diz ainda não ter problema de dialogar com prefeito, governador ou presidente se este for de outro partido.
E deu exemplo do período de alguns meses em que esteve à frente do Governo do Estado, abandonado estrategicamente por Jarbas (PMDB) em 2006 para fortalecer o nome do seu vice, Mendonça, na campanha para governador daquele ano. “Somos democráticos o suficiente para buscar parcerias de governo com outro partido.
Quando fui governador (2006), por exemplo, tive parcerias com João Paulo (PT, então prefeito do Recife) e Luciana Santos (PCdoB, então prefeita de Olinda).
A relação entre governantes não pode ser uma relação de subordinação”, finalizou.