O tucano Daniel Coelho sofreu duas críticas nesta sexta-feira, depois de aparecer em quarto lugar nas pesquisas de opinião da Nassau/JC sobre as eleições no Recife.

Em debate na universidade Nassau, nesta manhã, transmitida pelo portal Leia Já, o cientista político Adriano Oliveira, um dos coordenadores da pesquisa, afirmou, com todas as letras, que o candidato do PSDB estaria já longe do segundo turno, neste momento, ficando a disputa restrita a Humberto Costa, Mendonça e Geraldo Júlio.

Na sua argumentação, Oliveira afirma que Humberto (Lula) e Geraldo (Eduardo) contam com padrinhos fortes, enquanto Mendonça corre em paralelo no papel de oposição, com números já consolidados, em seis levantamentos. “Nestas eleições, ele não tem o elemento Marina.

Depende muito do voto de opinião.

Vamos ver as estratégias que irá apresentar”, declarou. “Neste momento, ele estaria fora de um segundo turno” Já na JC/CBN, o deputado federal Silvio Costa, do PTB, foi mais crítico ainda. “Daniel está nestas eleições em busca de recall (ter o nome lembrado)”, frisou.

No ar, o petebista fez uma defesa enfática de Geraldo Júlio e barbarizou os adversários, como era de se esperar. “Humberto tem teto.

Mendonça em breve começa a desidratar.

Já Geraldo Júlio começa a engrenar porque a campanha está justificada.

Os setores formadores de opinião estavam sem um candidato, enquanto o PT apresenta uma fadiga de material.

Humberto está em situação sem discurso, porque não pode defender o continuismo.

A boa margem na pesquisa agora é tudo recall de Humberto.

Ele tem a marca do legislativo, não do executivo, do cara que vai cuidar da cidade, da rua.

Por tudo isto, na próxima pesquisa Geraldo Júlio já vai aparecer com o dobro”, afirma. “Na campanha, além disto, ele vai ter que explicar a razão de João Paulo não ser o candidato do partido.

O leitor vai dizer: que onda é esta?” Na avaliação do deputado federal, o PT será cobrado pelo tempo que passou na PCR. “Como explicar que não tenha resolvido os problemas de mobilidade, se está há 12 anos no poder.

Como explicar que existem 3,5 mil pontos de risco?”, questiona.