Foto: reprodução da internet Considerações finais Por Maurício Costa Romão Independente das perguntas que envolvem alguns sentimentos dos eleitores, é de se destacar que o atual prefeito não conseguiu ainda convencer o eleitorado a lhe consagrar manifestações mais generosas de avaliação da sua gestão, malgrado a melhoria recente.
Também não logrou alterar a negativa imagem de admiração que o eleitor nutre por ele, pessoa e prefeito.
Com menos de um mês de campanha, Geraldo Júlio já aparece com 7% das intenções de voto Com candidaturas fechadas, Humberto lidera pesquisa de intenção de voto O senador Humberto Costa, não obstante as circunstâncias em que veio a ser guindado representante petista, o que lhe valeu até a pecha de candidato imposto, biônico, aparece muito bem nesta pesquisa de julho do IPMN, exibindo apreciáveis índices de intenção de votos, graças, como já destacado, aos seus méritos pessoais, a sua militância histórica no PT, à força eleitoral do partido que lhe abriga, à sua identificação com a Frente Popular e, também, ao desgaste da atual gestão. É de se aguardar, todavia, futuros levantamentos para avaliar se tais números favoráveis se sustentam, principalmente em razão da candidatura do PSB.
Quanto a Geraldo Júlio, que tem o fortíssimo aval do governador Eduardo Campos, sabe-se que se trata de técnico renomado e de grande visão executiva, ademais de ser festejado como pessoa que tende a amoldar-se rapidamente às nuances do mundo político, no qual, aliás, já teve discreta militância.
Conta, também, com uma sólida base de apoiamento político, incluindo aí uma ampla aliança de 14 partidos.
Mais importante, ainda, é o candidato do governador Eduardo Campos, cuja administração e capacidade política são extremamente admiradas e têm recebido o reconhecimento da população local e nacional.
Por tudo isso, tem-se como certo que o potencial de crescimento das intenções de voto da candidatura de Geraldo Júlio é grande.
E essas intenções de voto devem subir à medida que o candidato vai ficando mais conhecido do público, e podem atingir maiores índices a partir do dia 21 de agosto, quando começa o horário eleitoral gratuito, no qual a postulação pessebista detém quase 13 minutos de rádio e TV.
A questão é saber de que fonte esse crescimento se alimentará.
Dos votos brancos, nulos e indecisos, que ainda beiram a casa dos 30%?
Geraldo Júlio subtrairá votos de Humberto Costa, cujo eleitorado é do mesmo espectro do similar pessebista, ou adentrará na seara da oposição? É admissível que a evolução das preferências de voto por Geraldo Júlio se dê, em graus diferentes, em cima das três possibilidades, simultaneamente.
Mas não será nada fácil, principalmente no que se refere ao reduto oposicionista, cujo eleitorado, na faixa mínima de 25%, tende a ser mais resistente a migrar para o lado do PSB.
No campo de Humberto Costa as resistências não serão menores.
Há um certo clima de animosidade entre os dois partidos - protagônicos nesta eleição – que tende a se acirrar, na medida em que o processo eleitoral vai avançando.
Sente-se que os petistas vão querer retaliar as hostes eduardistas por terem, surpreendente e inesperadamente, lançado candidatura própria a contragosto do partido.
Por outro lado, é improvável que o PT chegue ao dia 7 de outubro com menos de 30% de intenção de votos. É mais factível, portanto, que os maiores avanços pessebistas se deem na categoria dos votos em branco, nulos e indecisos. É preciso lembrar, contudo, que mesmo no dia da eleição essa categoria ainda registre um resíduo no entorno de 10%.
O Jogo não está definido.
Com grande possibilidade de haver segundo turno, hoje é difícil dizer quais serão as candidaturas líderes que avançarão para essa etapa seguinte, embora a postulação petista seja a que mais tem chances de fazer essa ultrapassagem.
Romão é Ph.D. em economia, é consultor da Contexto Estratégias Política e de Mercado, e do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau