O custo médio da cesta básica em Recife no mês de junho teve uma queda de 1,26% em comparação com o mês de maio.

Com isso, o valor da cesta caiu de R$ 469,86, em maio, para R$ 463,94, em junho.

A redução foi constatada pela pesquisa sobre o “Custo da Cesta de Consumo Alimentar do Recife para o mês de junho”, realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau.

No ano a cesta básica acumula uma alta de 10,5% apresentando uma trajetória de elevação.

Para obter o menor custo possível para os 20 produtos da cesta (uma cesta ideal com os menores preços disponíveis), um recifense precisaria visitar, pelo menos, 23 estabelecimentos (em 18 bairros diferentes).

O valor obtido seria de R$ 328,33.

Uma economia de R$135,61, em relação à média, representando uma variação negativa de 29,23%.

No mês de junho, o produto com maior variação de preço entre os estabelecimentos pesquisados foi a carne de frango, apresentando uma variação de 206,23%.

Já o de menor variação de preço entre os estabelecimentos pesquisados foi o leite, com uma variação de 17,78%.

Em relação ao mês de maio, o produto que apresentou a maior elevação de preço foi a batata, 9,97% e o de maior variação negativa (diminuição) foi a cebola, que ficou 13,72% mais barata em relação ao mês anterior.

Entre os bairros visitados, Boa Viagem, foi o que apresentou a maior concentração dos preços mínimos de cada produto (feijão, tomate, banana, açúcar e óleo). “No entanto, observamos que o bairro de Boa Viagem também apresentou a maior ocorrência de preços máximos dos mesmos produtos,” ressalva o coordenador da pesquisa e economista do Instituto de Pesquisa da faculdade Maurício de Nassau, Djalma Guimarães.

PESQUISA – A pesquisa foi realizada em junho, em 39 estabelecimentos em 25 bairros diferentes no Recife.

Os estabelecimentos pesquisados foram escolhidos a partir de uma pesquisa realizada pelo IPMN, onde os recifenses citaram o local em que compram mensalmente a maior parte dos seus produtos alimentícios, considerando tanto as grandes redes de supermercado, quanto os “mercadinhos” existentes em diversos bairros.

O critério de escolha dos produtos e marcas dentro dos estabelecimentos pesquisados foi: o mais consumido pelos recifenses, segundo pesquisa realizada anteriormente pelo IPMN; Após a seleção dos produtos alimentícios mais consumidos pelos recifenses, suas quantidades dentro da Cesta de Consumo Alimentar do Recife foram estabelecidas pela coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário UNINASSAU,Adriana Saboia.

Considerou-se uma família constituída por cinco pessoas, sendo uma criança do sexo feminino de dois anos e 11 kg; dois adolescentes do sexo masculino de 10 anos e 30 kg; e dois adultos, um do sexo masculino de 35 anos, 1,70m e 67 kg, e um do sexo feminino de 29 anos, 1,65m e 55 kg (ambos praticantes de atividade leve).

Essa composição familiar foi realizada de forma arbitrária, considerando-se apenas a média de número de pessoas por domicílio apontada pelo IBGE, e não a faixa etária.