O ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, Gustavo Krause, disse ainda há pouco, na rádio JC/CBN, com Aldo Vilela, que o Recife não precisa de um modelo de gestão transposto do Estado, como prega a propaganda de campanha dos socialistas, em substituição ao modelo de gestão do PT, no governo há 12 anos. “Estou desconstruindo essa tese sim.
Não se transpõe modelo de gestão. É fantasioso.
Não se mede um modelo de gestão pelo número de chaminés em um bairro. além disto, o nosso processo de industrialização é tardio.
Não começou agora.
O que o Recife precisa é cuidar de sua economia urbana.
Hoje, a cidade é disfuncional e caótica”, definiu.
Na avaliação de Gustavo Krause, a prioridade do Recife deveria ser cuidar da educação, que chega a apanhar do avanço de cidades do interior do Estado, quando deveria ser modelo para o país.
Sem citar Eduardo Campos, nem seu governo, o ex-ministro criticou ainda viadutos monumentais, que seriam caros e não resolveriam o problema da mobilidade na cidade. “O carro tem que deixar de ser o modelo principal”, sugeriu.
Já o ex-governador e ex-prefeito Joaquim Francisco, hoje no PSB, saiu em defesa do PSB na prefeitura quando questionado sobre uma suposta omissão do partido em colocar em prática o tal modelo de gestão socialista, mesmo ocupando a vice-prefeitura, junto ao PT. “Milton Coelho não tem o martelo na mão.
Não era ele que imprimia a marca, as decisões.
Quando muito opinava, mas acho que fizeram ouvidos de mercador”, citou, numa referência a João da Costa.
No ar, o ex-governador anunciou ainda que está concluindo um livro de memórias, batizado de Massaramduba do tempo. “Tá mais fácil sair o livro do que o Senado”, brincou.
Ele disse também que está trabalhando pela eleição de Geraldo Júlio e não espera ser beneficiado com a eventual licença de Humberto Costa, do Senado. “Bandeira a meio pau somente em luto oficial”, disparou.
Apesar de ter dito que iria trabalhar pelo aliados socialista, nem a marca oficial tinha visto ainda, às 16 horas da tarde.
Sobre as eleições no Recife, ele previu ainda um clima quente. “Ainda vai haver alguma ebulição.
Foi uma turbulência tão grande que eu dormia de um jeito e depois acordava de outro jeito (a polêmica).
O que passou foi de muita radioatividade.
Eu me senti como alguém que está na usina de Chernobyl só de calção de praia (exposto à radioatividade).
Também não acho certo a nacionaliação do processo”, avaliou.