Foto: reprodução da internet Rifado pelo próprio partido, o PT, de disputar a reeleição para a Prefeitura do Recife e tendo seu apoio cobiçado por aliados e adversários dos petistas, o prefeito João da Costa está em uma posição confortável para falar o que bem entende.

Nesta terça-feira (10), ele criticou o fato de quatro secretários e o líder do governo na Câmara dos Vereadores terem renunciado aos seus cargos para apoiar a candidatura de Maurício Rands na prévia petista e, ao mesmo tempo, três secretários petistas continuam na gestão do governador Eduardo Campos (PSB), que rompeu aliança com os petistas e lançou a candidatura de Geraldo Júlio.

João da Costa diz que vai ser delegado do Orçamento Participativo “Foi um ato de sabotagem ao meu governo.

Não só ao meu governo, como ao PT.

Hoje, passado esse período todinho, ninguém fala de sair do Governo do Estado.

Foi um ato para me isolar e me colocar numa situação difícil nas prévias”, desabafou ao chegar na Escola Diná de Oliveira, na Iputinga, Zona Oeste da cidade, para abrir o ciclo de debates do Orçamento Participativo deste ano.

Questionado se defende a retirada dos secretários petistas do governo de Eduardo Campos, ele explicou: “o problema é que as mesmas forças que saíram do meu governo são as que estão no Governo do Estado”.

Quando a ala do PT que não queria João da Costa no páreo de outubro - liderada pelo senador Humberto Costa e pelo deputado federal João Paulo - lançou a candidatura de Maurício Rands, os então secretários de Saúde, Gustavo Couto; de Cultura, Renato L; de Assuntos Jurídicos, Cláudio Ferreira; a presidente da Fundação de Cultura do Recife, Luciana Félix; e o líder do governo na Câmara, Luiz Eustáquio (PT), deixaram seus cargos.

Rands chegou a participar de uma prévia contra o prefeito, mas perdeu.

O pleito, entretanto, foi anulado pela Executiva Nacional do PT com o argumento de que houve falhas na organização.

Uma nova prévia foi marcada, mas o Rands desistiu da disputa em favor da candidatura de Humberto, que era defendida pela Executiva Nacional.

João da Costa não retirou sua candidatura, mas acabou rifado pelo Diretório Nacional, que impôs a candidatura do senador.

O nome de Humberto foi homologado em convenção no último dia 29.

Na semana passada, Rands afirmou que sua renúncia foi forçada e, por causa disso, se desfiliou do PT e renunciou o mandato de deputado federal e de secretário de Governo de Eduardo Campos.

PT X PSB - Na entrevista da noite desta terça (19), o prefeito João da Costa também afirmou que não há briga do PT com o PSB, apesar de os dois partidos estarem em palanques diferentes. “É um equívoco ficarem apostando que existe um lado do PSB e um do PT.

Esta aliança é importante para a presidente Dilma.

Disputa política sempre vai ter.

O importante é manter possibilidade de diálogo político com aliados importantes”, avaliou.

O gestor também minimizou as duras críticas ao governador Eduardo Campos feitas pelo candidato a vereador e ex-presidente da CUT Jorge Perez - que era seu aliado, mas pulou para o lado de Humberto. “Jorge Perez defendeu o PT.

Eu também defendo”.

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