O presidente do Clube de Engenharia de Pernambuco, Alexandre Santos, disse agora há pouco, ao Blog de Jamildo, que o empresário Beijamin Steinbruch, concessionário da Transnordestina, é igual ou pior ao ex-presidente da Valec Engenharia, mais conhecido como Juquinha, afastado por desvios do comando da empresa.
No mês passado, reunidos no Recife, os clubes de engenharia elaboraram uma carta a ser enviada a Dilma solicitando que a Valec assumisse a Transnordestina.
O documento foi entregue novamente hoje, ao novo superintendente da Sudene, Paes Landin.
O órgão financia a obra.
Pura falta de sorte, menos de um mês depois, estourou um escândalo nacional envolvendo o presidente da Valec. “Conceitualmente, defendemos que a construção da Transnordestina deve ser feita pela Valec.
Os eventuais desvios devem ser investigados e punidos, até às últimas consequências.
Agora, nos acreditamos que os desvios da Valec não são menores do que a direção da TLSA no Nordeste.
O empresários Benjamim Steinbruch opera como um inquilino que não cumpre as regras do contrato de privatização há anos.
Até hoje, nunca colocou um centavo do próprio bolso para as operações”, afirma.
Em reunião com a Sudene, nesta segunda-feira, os engenheiros locais sugeriram que a operação futura da linha férrea fosse modificada, com o fim da exclusividade da empresa privada e a adoção do esquema de venda de capacidade de carga. “A TLSA é um mal para o país.
A começar pela adoção do nome.
Quando ela coloca transnordestina no nome, qualquer crítica à empresa fica parecendo que é uma crítica à obra, aos interesses maiores do Nordeste”, diz Alexandre Santos “Ainda bem que a Sudene está revendo sua posição e vai dar prioridade ao transporte de cargas entre as capitais do Nordeste.
Como o contrato da empresa é de cargas, ela ficou apenas com o descrédito.
Landin nos disse hoje que o caso da empresa será agora tratado no Ministério dos Transportes”, explicou o engenheiro.