O ex-deputado federal pelo PT, Maurício Rands, concedeu entrevista na manhã desta sexta-feira (6) ao programa Super Manhã, com Geraldo Freire, na Rádio Jornal, 780 AM.

Na ocasião, Rands buscou encerrar boatos de que poderia ir para o PSB de Eduardo Campos, reafirmou despedida da vida pública e ainda fez novos ataques à Direção Nacional do PT.

Sobre os motivos de despedir-se da vida pública, Maurício Rands disse ter chegado ao seu limite e que já tinha em mente sair do partido desde o episódio da imposição da candidatura de Humberto, pela Direção Nacional do PT, em São Paulo. “Esse episódio da escolha do candidato do PT foi a gota d"água.

A decisão tomada lá em São Paulo por burocratas da Direção do partido, de forma autoritária, sem consultar a militância, foi um desrespeito a todos nós.” “Foi uma coisa autoritária, burocrática.

Se eu aceitasse essa imposição, sentiria que estava desrespeitando a militância do PT.

Eu tinha que sair do partido.

E saio com um sentimento de missão cumprida e de gratidão. É importante que as pessoas entendam que eu apenas cheguei ao meu limite.” Sobre a decisão do PT, Rands acredita que foi enganado, iludido, assim como João da Costa, pela Direção Nacional do partido, que já teria um roteiro traçado desde o início do embate. “Essa Direção Nacional do PT já tinha um roteiro.

Para eles, não importava se a militância estava se mobilizando, discutindo a cidade.” “Eles disseram que nem iriam permitir segunda prévia ou, se houvesse uma segunda, não aceitariam o resultado.

Naquele momento eu já tinha claro que não poderia aceitar aquela atitude.” Em tom de despedida, Maurício Rands pediu renovação na política brasileira e disse que espera que sua saída contribua para isso.

E refutou os boatos sua ida para o Partido Socialista Brasileiro. “Eu acredito na política e sei que tem gente na política que não aceita “vale-tudo”, que não aceita isso de que os fins justificam os meios, que qualquer processo é justificável para alcançar um resultado.

Eu respeito a militância.” “Estou saindo da vida pública.

Se eu quisesse ir para o PSB, se eu estivesse com malícia, eu poderia muito bem me manter na Secretaria de Governo e apenas atacar o PT.

Eu tenho só 50 anos e posso muito bem recomeçar a minha vida de forma privada.” Escute a íntegra da entrevista aqui: