Na próxima segunda-feira (09.07) o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado de Pernambuco (SINTEPAV-PE) vai acionar judicialmente a Transnordestina por conta da falta de pagamento dos valores relativos ao Programa de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e Prêmio de Incentivo à Produtividade (PIP).

A entidade diz que eles devidos a cerca de cinco mil trabalhadores da obra de construção da Ferrovia Transnordestina.

O Sintepav-PE não descarta a realização de greve, na próxima semana.

Dos cinco mil homens com direito à bonificação, cerca de 2.500 já foram demitidos e mesmo assim não receberam o dinheiro, que é referente ao que foi apurado proporcionalmente aos meses trabalhados.

Os que permanecem trabalhando já deveria ter recebido após o dia 30 de junho.

De acordo com a advogada do Sintepav-PE, Suelen Braga, o sindicato vinha tentando uma solução administrativa para o impasse há mais de um mês, mas diante das negativas da empresa não restou outra alternativa senão a ação judicial e, possivelmente, a greve. “Vamos publicar o edital de greve na segunda-feira para que tudo ocorra dentro da legalidade.

Depois disso, as equipes de fiscalização informarão aos trabalhadores das medidas que estamos tomando.

A paralisação não está descartada porque não temos percebido intenção da empresa pagar o direito dos trabalhadores, considerando que as tratativas já se arrastam há mais de um mês”, afirmou.

Nesta quinta-feira, em Salgueiro (PE), houve mais uma tentativa de acordo em reunião realizada entre representante da empresa e os seguintes membros do Sintepav-PE, Wilton Oliveira (Diretor Financeiro), Suelen Braga (Departamento Jurídico) e Luciano Antonio da Silva (Administrativo da Sub-Sede Salgueiro), porém sem êxito.

A Ferrovia Transnordestina é uma obra ferroviária com o objetivo de ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, além do cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, num total de 1.728 km.[1] O projeto é elevar a competitividade da produção agrícola e mineral da região com uma moderna logística que une uma ferrovia de alto desempenho e portos de calado profundo que podem receber navios de grande porte.

Basicamente sua função geo-econômica e geopolítica é escoar a produção agrícola e mineral do Piauí pelos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).