O petista Jurandir Liberal, presidente da Câmara dos Vereadores do Recife, revelou agora há pouco, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, que a chapa petista vai atuar de forma separada para duplicar os esforços, nesta campanha eleitoral.
Humberto Costa vai para um bairro e João Paulo para outro, pedir votos. “Vai ser assim.
Cada um vai para um lado.
Um bairro vai um e em um bairro vai outro.
A campanha vai ser dobrada.
Os dois são conhecidos já, então dá para fazer.
Não precisam ser apresentados”, fustiga, numa afirmação que pode ser interpretada com uma ironia com o candidato Geraldo Júlio, do PSB, apresentado à Frente Popular pelo governador Eduardo Campos.
Questionado sobre as ironias de João da Costa com João Paulo e Rands, mais cedo, em um evento do Evento Participativo, o presidente da Câmara dos Vereadores evitou tecer crítica so prefeito e tentou tergiversar.
A ala do PT não quer mais atritos, depois de ter defenestrado o prefeito da reeleïção. “Espero que ele venha a nos apoiar”, afirmou.
Polêmica No debate com o vereador Maré Malta, que deixou o PPS e agora está no PSD, Jurandir Liberal acabou demonstrando alguma contrariedade, fora do ar.
Ele pediu que Malta não usasse a expressão buruçu para referir-se ao imbróglio interno do PT. “Você, por acaso, decidiu o nome de Geraldo Júlio?
Se Eduardo Campos tivesse dito que você votar em Humberto Costa, você estaria votando em Humberto Costa. (PSD é da base aliada do governo).
Assim, não chame de buruçu.
O que você não queria era votar em João da Costa”, observou, com ar severo, para o novo aliado de Geraldo Júlio.
Mesmo afirmando ‘que retiraria a palavra da ata’, numa brincadeira com o dia a dia legislativo, Maré Malta não perdeu a oportunidade de ironizar, afirmando que o PT estava lembrando a antiga Iuguslavia. “Não vai terminar. É uma tempestade sem fim”, disse, sem falar, no entanto, em genocídio como no Leste Europeu. “Eu usei o termo mel de uruçu”, explicou, ao final do programa, ampliando o gracejo.
Polêmica dos vampiros Noutra contenda, Jurandir Liberal reclamou com o tucano André Regis, professor ligado ao PSDB e que dirige o Instituto Antônio Vilela, por ele ter dito que Humberto Costa foi sacado do Ministério da Saúde de Lula por insuficiência de desempenho.
O tucano sugeriu que se Humberto não deu certo no Ministério poderia ter dificuldades com o Recife, que seria muito mais complexo. “Humberto Costa não foi retirado por Lula.
André Regis está com a memória curta.
Ele foi vítima de armação (CPI dos vampiros) e depois provou que não tinha nada a ver com isto.
Como secretário de João Paulo e depois ministro, mostrou muita criatividade, fazendo o Samu no Recife, farmácia popular, academia da cidade.
Não posso aceitar essa declaração”, disse.