Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Do Jornal do Commercio O ex-governador Joaquim Francisco (PSB), primeiro suplente do candidato Humberto Costa (PT) no Senado Federal, veio a público nessa segunda-feira (2) afirmar que, dado o atual quadro político da capital pernambucana, com o racha entre o PSB e o PT, abriria mão da cadeira na mais alta Casa Legislativa brasileira, caso o senador Humberto Costa resolva tirar licença para se dedicar integralmente a sua campanha no Recife.

Segundo o socialista, o que motivou sua declaração foram rumores de que Humberto estaria constrangido em se liberar das suas atividades em Brasília abrindo caminho para um adversário de palanque. ““Existem casos em que parlamentares tiram licença até para evitar a cobrança que ocorre em Brasília, de a imprensa chega no Senado e cobrar num dia de votação importante.

Então resolvi deixá-lo absolutamente à vontade”, disse o ex-governador.

De acordo com Joaquim, caso o petista resolva por se licenciar, ele também tiraria licença, abrindo caminho para a segunda suplente, a petista Maria de Pompeia. “Assim fica tudo no campo do PT”, resumiu Joaquim, em entrevista à Rádio Folha.

Joaquim Francisco acredita que a situação que levou a sua indicação à suplência de Humberto – os dois foram adversários políticos históricos em Pernambuco – não se repete agora e que ele não se “sente confortável” em assumir a vaga com os dois partidos em disputa nas eleições. “Nesse momento, Humberto Costa está disputando com Geraldo Júlio, que é o candidato do PSB. “Eu voto em Geraldo e não me sentiria confortável em assumir a vaga com os partidos em disputa””, disse.

Joaquim, entretanto, não revelou se assumiria a vaga do senador caso ele saia vitorioso nas eleições municipais em outubro.

Nesse caso, o ex-pefelista teria direito à vaga de Humberto em definitivo.

Joaquim, entretanto, sinalizou que o racha na Frente Popular, que domina o cenário recifense, deve ser desfeito após a eleição. “O PSB já afirmou que se o PT for pro segundo turno haverá uma união dos dois partidos.

Não parto para campanha em clima de briga. “Vamos para a campanha sem clima de radicalização””, apaziguou Joaquim.