PT de BH já vive tempos de candidatura Patrus Ananias Nesta terça Apesar das declarações contraditórias do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), que rompeu a aliança de seu partido com o PT nos últimos dias da semana passada, mas desde então faz juras de fé no restabelecimento do acordo, na capital mineira nós estamos com Patrus Ananias, o ex-ministro de Desenvolvimento Social do governo Lula, agora nosso candidato à Prefeitura.

Vamos com Patrus para prefeito e temos tudo para ganhar com a coligação já fechada com o PMDB e abertos aos entendimentos com as demais forças politicas da capital mineira que apoiam uma alternativa a aliança preferencial de Márcio Lacerda com o PSDB, como ele mesmo deixa claro nas entrevistas.

Na prática, e apesar das declarações em contrário, o prefeito Márcio Lacerda é que rompeu o acordo PT-PSB.

Faltou à palavra empenhada com a direção nacional do PT. empenhada por ele e pelo presidente estadual do PSB de Minas, o ex-ministro do Turismo, Mares Guia, fiador do acordo até o final mas que, na prática, foi desautorizado pelo seu companheiro prefeito.

Rompimento em BH é parte de movimento mais amplo do PSB Agora, diante dos desdobramentos políticos em Minas, fica cada vez mais claro que o movimento nessa linha não foi apenas em BH.

O PSB mineiro rompeu ao mesmo tempo vários acordos em todo o Estado - e em diversos pontos do país - atendendo à pressão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do tucanato e dando uma sinalização clara da preferência por uma aliança em 2014 com os tucanos. É um direito legítimo do PSB e do PSDB, ainda que o movimento pró-rompimento tenha se dado quase na calada da noite, em cima do prazo final (30.06) para a realização de convenções municipais e quando praticamente não havia mais tempo para os aliados desenvolverem as articulações.

Tampouco as declarações pró-reatamento feitas pelo prefeito Márcio Lacerda encobrem o fato de que eles romperam uma acordo selado pela palavra empenhada deles, como se faz lealmente em política.

Mas, depois do que aconteceu em Recife, onde o presidente nacional do partido, o governador Eduardo Campos, também rompeu acordo semelhante feito ali, tudo é possível em se tratando do PSB.

Em Minas Aécio faz política em silêncio.

Contra o PT Nesta segunda Uma reviravolta nos últimos dias da semana passada levou ao anúncio, de uma hora para outra, do rompimento da aliança PT-PSB para a reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB).

Há manobras e manobras nessa história e elas têm o dedo e a mão toda do senador Aécio Neves (PSDB-MG), apesar de passarem para a imprensa que o PT é o responsável pelo rompimento.

O PT de BH anunciou a candidatura à Prefeitura do vice-prefeito Roberto Carvalho, rompido com Lacerda e defensor da postulação própria.

O PT da capital mineira diz ter respaldo da executiva nacional do partido, escreveu em seu twitter a vereadora por BH Neusinha Santos.

Fato consumado depois das manobras da dupla Aécio/Márcio de romper o acordo.

Se o prefeito Márcio Lacerda não cumprir o acordo que firmou com o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, de o PT apoiá-lo agora e ele nos apoiar na eleição a prefeito em 2016, o ex-ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, será o nosso candidato a prefeito naquele ano.

E vamos ganhar.

A quem interessa a ruptura?

Ao senador Aécio Neves As manobras que levaram ao rompimento na capital mineira têm um preço salgado.

O fim da aliança PT-PSB (responsável pela eleição do Márcio em 2008) em BH, depois de ter ocorrido o mesmo em duas outras capitais, Recife e Fortaleza, põe em risco o acordo nacional entre os dois partidos.

Nós nos empenhamos em mantê-la.

Não podem acusar o PT de agir em sentido contrário.

A quem interessa isso?

Ao senador Aécio Neves que, em sucessivas reuniões e articulações feitas na surdina, vetou a aliança com o PT e o nome do Patrus para vice do Márcio neste pleito em que o prefeito tenta a reeleição.

E o fez com mão de gato, sem assumir e sem aparecer, a ponto de a mídia registrar que o rompimento foi obra do PT.

Agora que é candidato a presidente da República em 2014, Aécio não tem mais interesse pela continuidade da aliança PT-PSB e achou mais conveniente rompê-la desde já.

Ele não quer que a aliança se mantenha até 2016 com o apoio do Márcio à eleição do Patrus porque sabe que antes, em 2014, o PT em BH e em toda Minas apoiará à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Não será nem tinha como ser diferente.

Rompimento em BH põe em risco alainça nacional PT-PSB Daí o seu intenso rush de sucessivas reuniões e articulações para afastar desde já o PSB do PT em Minas e sacramentar este ano o apoio do futuro prefeito de BH - caso Márcio se reeleja - e do governador tucano Antônio Anastasia à sua candidatura presidencial de 2014.

Para tanto, dizem os mineiros, apesar de os tucanos fazerem parte da chapa pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda agora pelo PSB-PSDB, ele articulou o apoio do DEM à candidatura de Délio Malheiros (PV) a prefeito de Belo Horizonte.

Dessa forma, opera nos bastidores para enfraquecer Lacerda que, em troca do apoio petista agora, havia prometido apoiar o PT à sua sucessão em 2016.

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