O senador e candidato à prefeito do Recife Humberto Costa (PT) disse, na manhã desta segunda-feira (2), que ainda aguarda apoio do atual prefeito João da Costa - que teve sua candidatura rifada pela Executiva Nacional em prol justamente do nome de Humberto.

O senador disse já ter conversado com o prefeito e que, apesar de ainda não confirmado, ele tem “convicção plena” de que caminharão juntos.

Confiante, Humberto afirma que defenderá a gestão João da Costa e, após duas conversas com o prefeito, o senador revela ter conversado com ele sobre a escolha de João Paulo na vice de sua chapa - sobre a qual João da Costa não se pronunciou contra, nem a favor. “Conversei com ele na última segunda-feira (25) quando tivemos a decisão do PT Nacional de homologar minha candidatura.

Ficamos de marcar nova conversa.

Então liguei para ele, semana passada.

Conversamos por duas vezes, longamente.” “Tivemos várias pessoas ligadas a ele em nossa convenção e tenho convicção plena de que vamos estar juntos.

Ele é um militante com mais de 30 anos no Partido dos Trabalhadores e não vai se colocar contra uma candidatura do próprio partido.” “Comuniquei a ele a composição da chapa (…).

Não nos aprofundamos muito nessa questão.

Eu disse que era o melhor que poderíamos oferecer na composição da chapa.

Ele [João da Costa] não teceu comentário.

João Paulo tem grande representatividade popular.

Vamos enfrentar forças gigantescas e precisamos também ter uma força equivalente.” “[A decisão] será muito em função dele [João da Costa].

Sabemos que esse processo de prévias gerou um desgaste.

Mas quem foi na sexta-feira (29) à nossa convenção viu a quantidade de lideranças que estavam lá”, afirmou Humberto, que acredita que a retirada do nome de João da Costa não caousou desgaste na militância.

Defesa da gestão - Mesmo tento feito parte do bloco que pedia o impedimento da candidatura de João da Costa à reeleição, grupo inicialmente encabeçado por Maurício Rands, o senador Humberto Costa afirmou que seirá na fdefesa da gestão do prefeito. “Pelo que estamos vendo nos discursos das convenções, todos [os candidatos adversários] estão atacando o nosso projeto de 12 anos e a gestão de João da Costa.

E nós vamos defender essa gestão.

Temos todas as condições de seguirmos unidos.

Eu vou lutar por essa união e já estou conversando com as forças políticas que compõem o nosso partido.” Frente Popular - O lançamento da candidatura de Geraldo Júlio (PSB) pelo governador Eduardo Campos fez com que a Frente Popular se dividisse entre a dita candidatura e a do PT, encabeçada por Humberto Costa.

Com exceção do PP, que mesmo dividido tem maioria apoiando o PT, os partidos da Frente seguiram a candidatura do PSB.

Mas Humberto não vê o bloco como Frente Popular. “Não existe Frente Popular sem o PT.

Fomos fundamentais para a construção da Frente nos moldes que vemos.

Não somos e nem seremos nós os responsáveis por romper isso [união da Frente].

Os que romperam é que devem se responsabilizar por isso.

Não existe Frente Popular sem o PT ou sem o PSB.

Pode ser outra frente, outro agrupamento de forças.

Mas sem o apoio de Lula ou de Dilma não podemos considerá-los a Frente Popular.” Na próxima sexta-feira (6) os petistas já devem fazer o seu primeiro ato de campanha: uma caminhada.