A executiva nacional do PDT irá definir, nesta terça-feira (3), a partir das 14h, em Brasília, a situação da candidatura do deputado federal pedetista Paulo Rubem Santiago à Prefeitura do Recife, além de outras pendências em capitais de outros estados.

O processo no Recife foi um tanto confuso.

As grandes lideranças do partido - incluindo o presidente Estadual da sigla - evitavam falar sobre o caso.

Mas nos veículos de comunicação surgiam diversas afirmações “em off” de que Paulo Rubem desistiria da candidatura em nome de uma aliança com o PSB, algo que o deputado negou seguidas vezes.

O vice-governador de Pernambuco é o pedetista João Lyra Neto, que estaria preferindo uma aliança em torno da candidatura de Geraldo Júlio (PSB), apadrinhado pelo governador Eduardo Campos (PSB).

Já o presidente Estadual da sigla, José Queiroz, prefeito de Caruaru, estaria querendo uma aliança com o PT na candidatura encabeçada pelo senador Humberto Costa.

Seria uma forma de conquistar o importante apoio dos petistas nas eleições de Caruaru.

Mas Paulo Rubem quer ser o candidato e afirma que a resolução 4 do PDT aponta para uma obrigação de lançar candidaturas próprias em todas as capitais do país.

No dia da convenção a polêmica se transformou em confusão - e das grandes.

A militância presente estava empolvorosa, acusando os líderes do partido local de estarem dando um golpe no próprio partido ao não optarem pela candidatura de Paulo Rubem - só 10 pessoas têm direito à votação: os membros da Executiva Municipal Provisória.

O clima esquentou e houve até troca de agressões físicas.

Ao final a Executiva votou pela coligação com o PSB por 8 votos a zero.

Paulo Rubem e seu único aliado se retiraram se negando a votar, acusando a comissão de não estar com os documentos necessários.

Entenda o caso: Convenção do PDT vira confusão generalizada.

Nem eles sabem o resultado PDT divulga documento polêmico onde 20 dos 27 candidatos a vereador preferem Geraldo Júlio a Paulo Rubem O deputado federal Paulo Rubem afirma estar recebendo ligações e manifestações de apoio por parte de lideranças do partido, até mesmo de membros da Executiva Nacional.

Ele afirma que o PDT local está perdendo as referências partidárias. “Só pode ser uma ideia de uma “cabeça de gerico”, de gente que não quer construir o partido.

O PDT tem um bom tempo de televisão, por que vai preferir uma aliança, se misturando num “balaio” de siglas, em vez de lançar uma candidatura própria, como acontece nas demais capitais do país? É uma visão ultrapassada.” Além do senador Cristovam Buarque, o pedetista terá o auxílio dos dirigentes nacionais André Figueiredo (deputado federal), Brizola Neto (ministro do Trabalho) além do secretário-geral do partido, Manoel Dias, da presidente do setorial nacional da ação da Mulher Trabalhista, Michellina Veccio, e do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, candidato à Prefeitura de São Paulo.

Outro partido também resolveu se posicionar em defesa da candidatura do pedetista.

Em nota, no final de semana, o PCB publicou um documento de desagravo a Paulo Rubem.

Os comunistas classificam como absurdos os episódios ocorridos no Diretório Municipal do PDT.