Na convenção do PT, nesta sexta-feira, os adversários já fizeram graça com a condição de técnico de Geraldo Júlio, lançando farpas contra o socialista e até dizendo que não se tratava de concurso público.
Se preocupa ou não a apresentação do discurso de um bom gestor, o candidato Humberro Costa chegou a divulgar um vídeo onde apresenta-se como “técnico” Por outro lado, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, acredita que acumulou uma série de habilidades, em especial nestes cinco anos e meio, que o qualificam para a disputa política, não sendo um poste (técnico sem jogo de cintura).
Ele frisou que vem militando na política desde 1986, na campanha que elegeu Miguel Arraes governador. “Para se governar a cidade é preciso ter um conjunto de habilidades.
Alguns acumulam mais experiência em uma área e outros, em outras áreas.
Tem gente que têm uma vida toda na política e faz um bom governo, outras têm dificuldade de governar.
E tem gente com mais experiência no campo técnico e, às vezes, tem condições de fazer um bom governo e, às vezes, não.
Eu me sinto tranquilo.
Acho que acumulei durante todos esses anos um conjunto de experiências tanto na militância política como no desempenho de funções públicas desde que entrei no Tribunal de Contas do Estado – sou concursado lá desde 1992 – e já desempenhei várias funções no serviço público, além da experiência de cinco anos e meio no governo do Estado me deixam preparado para assumir essa função. É mais um desafio que se coloca a minha frente”, diz Geraldo Júlio.
O prefeito João da Costa foi chamado de “poste” durante a campanha, por não ter experiência política.
O senhor não teme que a oposição também o chame de “poste” pelo mesmo motivo? “A população não quer discutir quem é “poste” e quem não é “poste”.
Quer discutir a melhoria da qualidade de vida, o futuro da cidade.
Esse debate de “poste” não interessa ao povo nem à cidade.
Interessa mudar o ritmo, entrar no ritmo do Estado.
Interessa às pessoas ter uma vida melhor”, respondeu Geraldo Júlio.
O senhor não teme que o excesso de afinação de seu discurso com o de Eduardo Campos leve a oposição a chamá-lo de candidato inventado, de boneco de ventríloquo, de marionete do governador e outros apelidos que se costuma colocar? “Pretendo fazer um governo muito alinhado com o da presidente Dilma e que tenha ações integradas também com o governo do Estado no qual venho trabalhando nos últimos cinco anos e meio.
Mas vamos construir um governo para o Recife.
O debate que as pessoas querem é sobre compromissos assumidos para mudar realmente o Recife, transformá-la numa cidade que orgulhe sua população”.
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