Na entrevista com Geraldo Júlio, o candidato socialista em pelo menos duas oportunidades fez acenos públicos em busca do apoio de João da Costa.

Como se sabe, o prefeito do Recife, João da Costa, do PT, ficou muito magoado com o PT por ter sido preterido.

Geraldo Júlio foi questionado se cogita que João da Costa desse uma ajuda à sua campanha.

O senhor espera receber esse apoio? “João é uma pessoa que tem meu respeito.

Ele é de um partido e foi muito agredido ultimamente.

Ele vai fazer as reflexões dele e se posicionar com tranquilidade e maturidade.

Com certeza ele vai saber se posicionar.

Prefiro falar da minha candidatura do que do posicionamento que João vai tomar.

Isso diz respeito a ele”, explicou, na primeira oportunidade.

O blog interpretou como um aceno a João da Costa.

Se ele vier a sair do PT haverá espaço no PSB para ele? “Quem tem que imaginar se vai sair ou não do partido é ele.

A gente viu todo o processo que aconteceu e quer respeitar o posicionamento dele.

Essa questão não diz respeito a minha candidatura.

Ele é do PT há 30 anos.

Tem a militância dele”.

Em um segundo momento da entrevista, voltamos a abordar o mesmo tema e perguntamos se o apoio de João da Costa viria por gravidade.

Geraldo Júlio sorriu.

Foi uma das duas vezes em que ele sorriu durante o encontro.

A outra foi quando falávamos de mobilidade, eu perguntei se ele costumava ficar preso em engarrafamentos ou já tinha quebrado o carro em buracos.

Não se conteve e sorriu.

Respondeu que não e mostrou curiosidade se eu já havia me infelicitado.

A segunda resposta. “João da Costa precisa fazer a reflexão, ele foi muito agredido, ele vai saber se posicionar, com tranquilidade.

Agora, gente, eu prefiro falar da cidade”, tentou cortar o assunto. “Quem tem que imaginar (para onde vai) é ele, será decisão dele.

Nós todos vimos o processo que aconteceu.

Nós não vamos decidir por ele”, falou.

No xadrez político do Recife já está projetado, também, o ano eleitoral de 2014, quando a sucessão do governador Eduardo Campos será objeto de desejo do PSB, PT e PTB.

Além do obstinado projeto político nacional de Eduardo.

No momento, o grande confronto que se projeta para o Recife envolve PSB versus PT, quando Geraldo Júlio e Humberto Costa vão ter de fazer campanha “pisando em ovos” para não negar seus compromissos e responsabilidades.

Especial, se quadros socialistas permanecerem na gestão de João da Costa e quadros petistas prosseguirem no governo de Eduardo Campos.

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