Vereadora candidata à reeleição pelo Democratas no Recife, a democrata Priscila Krause concedeu entrevista ao Blog de Jamildo e alertou sobre o enfraquecimento da oposição no Recife, o que daria muito poder ao gestor municipal.
A atual bancada da oposição na Câmara Municipal do Recife conta com apenas cinco membros: Aline Mariano (PSDB), Marcos Menezes (DEM), Vera Lopes (PPS), André Ferreira (PMDB) e Liberato Costa Júnior (PMDB) além da própria Priscila Krause (DEM).
São cinco oposicionistas contra trinta e dois governistas.
Com migração do PMDB da oposição para o bloco da Frente Popular, liderada pelo PSB de Eduardo Campos, o bloco oposicionista perde André Ferreira e Liberato Costa Júnior, ficando com apenas três vereadores.
Neste sábado (30) o PPS definirá seu posicionamento no pleito do Recife.
Se caminhar com o PSDB de Daniel Coelho, permanece na oposição.
Mas se for mais um a entrar para a Frente Popular, Vera Lopes passa a somar ao bloco governista, que fica com trinta e cinco vereadores contra as duas oposicionistas Aline Mariano (PSDB) e Priscila Krause.
Diante do cenário, Priscila mostra preocupação, lembrando que uma oposição consistente é fundamental para um debate em que as diferentes vozes e opiniões sejam ouvidas, como deve ser em toda democracia.
Uma grande perda da oposição foi a saída do principal partido do bloco, PMDB, para a ala governista. “Fiquei surpresa.
Foi um susto, eu realmente não esperava [a mudança de lado dos peemedebistas].
Isso enfraquece a oposição, que é muito importante para a democracia.
Mas não cabe a ninguém julgar o PMDB.” Com apenas um representante na Câmara de Vereadores, o DEM precisa eleger três vereadores (podendo ainda beliscar uma quarta cadeira) para aumentar a força do partido na capital pernambucana e, mais importante, para engrossar o bloco oposicionista.
Priscila, então, manda recado para os co-partidários que querem uma cadeira na Câmara. “Vai ser muita campanha na sola do sapato!
E não adianta chorar.”, avisa, lembrando também da importância do uso das redes sociais nas campanhas, tentando compensar a falta de recursos financeiros do partido em comparação aos adversários.