Em um recado às lideranças do próprio partido no Estado, que, nos bastidores, criticam as suas pretensões eleitorais, o deputado federal Paulo Rubem Santiago, do PDT, criticou, ainda há pouco, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, a condução do partido nos últimos anos. “O PDT precisa deixar de estar de joelhos.

O partido pequeno, acanhado, só interessa a quem quer tê-lo no bolso”, reclamou. “O partido está largado e não é isto que queremos.

Não era isto que Brizola gostaria de ver.

Do jeito que está só está bom para quem tem o controle”, citou. “Em função disto tudo, não tem arrodeio.

Vamos direto para as convenções.

Roldão Joaquim está conosco”, afirmou, para mostrar que não está isolado na postulação.

Ele espera contar com o apoio do PCB e PSOL.

No ar, o deputado federal disse ainda que, em um eventual segundo turno, votaria no PT ou no PSB, para evitar a volta dos Democratas. “Temos que escolher entre o passado ou a coragem”, afirmou.

Entenda o drama no PDT Não é fácil o desfecho entre os trabalhistas.

O presidente do partido no Estado, José Queiroz, prefeito de Caruaru, conta em sua base de apoio tanto o PT como o PSB.

Dai, ficar dividido no apoio ao Recife, para não melindrar os aliados.

Caso não receba o apoio aqui no Recife, Humberto Costa poderia retaliar em Caruaru e lançar uma candidatura própria, por exemplo.

Não fez nem ameaça, até agora.

No partido, a maioria das lideranças, entretanto, são ligadas a Eduardo, estão direta ou indiretamente penduradas no governo socialista.

O vice-governador João Lyra Neto, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, o secretário Roldão Joaquim, além do deputado federal Wolney Queiroz, sinalizam votar em Geraldo Júlio no Recife, marchando com a Frente Popular.

O próprio Paulo Rubem Santiago, apesar da média que fez hoje com Humberto Costa, na rádio, não se imagina que ele vote no PT, depois de ter sido expulso do partido, depois do episódio do Mensalão, onde chorou em plenário.