Otávio Batista, do Jornal do Commercio Definida a candidatura do ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Geraldo Júlio (PSB) em torno de uma aliança que reúne a maioria dos partidos da Frente Popular no Recife, os vereadores da base começam a se debruçar sobre a montagem das chapas proporcionais.
Reuniões vêm ocorrendo desde o início da semana na sede estadual do PSB, inicialmente capitaneadas pelo bloquinho PSB-PSD-PTN, mas já contam também com a participação do PTB.
Lápis, caneta e calculadora na mão a fazer contas e traçar cenários, os vereadores se reuniram ontem com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, para apresentar as propostas de chapa, mas nenhuma decisão foi tomada.
Os maiores partidos do bloco defendem a formação de um único “chapão”, que reúna todos os partidos.
Acreditam que esta é a melhor opção para reeleger os vereadores já detentores de mandato.
Alguns partidos, entretanto, preferem sair sozinhos ou formar uma “chapinha” com poucos partidos dentro da aliança, temendo ser engolidos no processo.
Uma das reclamações é o número de candidatos.
No caso de única coligação, seriam lançados apenas 78 nomes, de acordo com a legislação eleitoral. “Acho um erro de quem defende o chapão.
Existem lideranças legítimas dos mais diversos partidos da Frente Popular que têm interesse em disputar as eleições e são candidaturas legítimas.
Acho importantes essas candidaturas, inclusive, para dar capilaridade à campanha, que não pode se resumir a tempo de guia eleitoral”, defendeu Gilberto Alves (PTN).
A situação tem que ser resolvida até o sábado e vai contar com a interferência direta do governador Eduardo Campos (PSB), que chega hoje ao Recife para finalizar últimas costuras.
Entre elas, as chapas proporcionais.
Nos bastidores, comenta-se que a solução para o impasse pode ser a formação de um chapão, e uma chapinha com os descontentes, o que evitaria o lançamento de várias chapas puras ou diversas chapinhas, considerados os cenários menos favoráveis pelos vereadores que já tem mandato.