Foto: Guga Matos/JC Imagem Definitivamente, os deputados Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB) iniciaram uma briga pública após o anúncio do apoio do PMDB, do senador Jarbas Vasconcelos, ao PSB, do governador Eduardo Campos.

Na segunda-feira (26), com a oficialização da aliança, Mendonça acusou Henry de “jogo duplo” e “jogo de cena”.

Nesta terça, o peemedebista reagiu às críticas questionando “por que, mesmo pontuando razoavelmente nas pesquisas, ninguém quer a companhia dele [Mendonça]?”, além de chamar o democrata de “conservador” e “ultrapassado”.

Em nota oficial, PMDB anuncia apoio ao PSB Mendonça Filho: chamar PSB de alternativa é conversa pra boi dormir Agora ao lado do PSB, Raul Henry ataca Mendonça: Por que, mesmo pontuando razoavelmente nas pesquisas, ninguém quer a companhia dele?

Já no início desta noite, Mendonça soltou uma resposta ao deputado federal na qual pergunta se “quando Raul Henry foi vice-prefeito de Roberto Magalhães – portanto peça-chave na prefeitura da época - ele foi cogestor de um governo “conservador e ultrapassado”?”.

Veja a tréplica na íntegra: A nota assinada pelo deputado Raul Henry carece de argumento e parte para o ataque pessoal e a tática maniqueísta.

Não merece resposta.

Não vou bater boca com Raul Henry, com quem tive 18 anos de convivência na aliança União por Pernambuco, porque a régua com a qual faço política tem posicionamento, argumento, honestidade, correção, lealdade com aliados e adversários e, principalmente, palavra dada e cumprida.

Com relação aos adjetivos “conservador e ultrapassado” dirigidos a minha pessoa, remeto à sociedade pernambucana as seguintes questões: Quando Raul Henry e o PMDB encontraram em mim e no meu partido os parceiros leais para soerguer Pernambuco e criar as bases para o crescimento econômico e social do Estado com projetos inovadores e estruturadores como Porto Digital, Escolas em Tempo Integral, Refinaria, PE-15, BR-232, Estaleiro, nós também éramos “conservadores e ultrapassados”?

Quando Raul Henry foi vice-prefeito de Roberto Magalhães – portanto peça-chave na prefeitura da época - ele foi cogestor de um governo “conservador e ultrapassado”?

Nós estamos muito tranquilos neste processo.

Primeiro, porque mantemos o nosso posicionamento e não temos explicações a dar.

Segundo, porque a intenção de votos é uma demonstração inconteste de que estamos em boa companhia, que é a do povo do Recife.

Terceiro, porque acreditamos que, juntos, os partidos da oposição, além de oferecerem propostas concretas de mudança na gestão municipal, contribuem para a verdadeira democracia política.

Para finalizar, reafirmo os argumentos políticos que usei para avaliar a adesão do PMDB à candidatura do PSB.

Para mim é novidade que a ausência de unidade na oposição imponha adesão ao Governo.

Qualquer pessoa que analise friamente o desfecho desse processo vai ver que o PSB queria indicar o candidato número um e ainda escolher o “suposto” candidato da oposição.

Se essa análise incomodou o deputado Raul Henry, lamento, mas é a minha opinião.

Até onde sei, a liberdade de opinião é um dos pilares da nossa democracia.