O presidente Municipal do PCdoB, deputado estadual Luciano Siqueira, participou do programa Debate CBN na Rádio JC/CBN Recife.
Na ocasião, Luciano rasgou elogios á gestão de João da Costa e até palpitou que a intervenção petista atrapalhou os planos da Frente Popular.
O PCdoB anunciou, na noite da última segunda-feira (25), apoio à candidatura da Frente Popular, encabeçada por Geraldo Júlio (PSB), deixando isolado os seus históricos aliados do PT.
Mas o deputado não acha que traiu ninguém ou que os petistas pensem isso. “Ficou difícil.
A briga [interna do PT pela postulação à Prefeitura] pôs em risco o trabalho de 12 anos do PT.
A dificuldade interna é tamanha que Humberto não se sentiu a vontade para procurar diálogo conosco.
Ele estava sufocado.” “Isso não representa uma traição.
Nos damos muito bem com o PT. 70% das alianças que estamos celebrando [pelo Brasil] são com o PT.
Estamos confortáveis com eles.” Luciano surpreendeu por falar abertamente do imbróglio petista, que começou com a briga entre João Paulo e João da Costa.
Vice-prefeito na gestão João Paulo, Luciano conhece os dois petistas de perto e se diz amigo pessoal de ambos. “O afastamento [dos Joões] nos preocupou desde o início.
Nós alertamos.
Mas o motivo da briga eu realmente não sei.
E sou amigo pessoal de ambos, mas não sei responder.” Sobre a atual gestão, Luciano rasgou elogios não só à gestão como ao atual prefeito. “A gestão de joão da Costa vai ser encerrada com alto índice de aprovação, eu tenho certeza”.
E ainda falou da briga do PT. “É bem verdade que se a candidatura de João da Costa fosse mantida desde o início talvez não tivesse chegado a esse ponto.
Na última campanha ele se saiu muito bem nos debates e tem, sim, inegáveis méritos da vitória em 2008.” Simpático e agregador, Luciano Siqueira prega a paz entre os agora rivais PSB e PT para que, após as eleições, siglas voltem a se unir.
Luciano faloou também que não acredita que cisão no Recife represente um descolamento também a nível nacional entre Eduardo Campos (PSB) e o PT. “Passado o processo eleitoral, essa união não será arranhada o suficiente para abalar o projeto nacional [de PT e PSB].
Nós aqui precisamos ter relação harmoniosa com a candidatura de Humberto (PT).
Eu inclusive acho que o PT não deveria sair do Governo [Estadual, do PSB].”