Durante as gravações do programa Ponto Final, da TV Jornal, ainda há pouco, no Sistema Jornal do Commercio, o pré-candidato do Democratas a prefeito do Recife, Mendonça Filho, evitou falar da possível aliança entre o pré-candidato do PMDB Raul Henry com a chapa governista montada pelo governador Eduardo Campos, do PSB.O programa deve ir ao ar nesta segunda-feira. “O que eu posso dizer a vocês é que eu sou o último dos moicanos (a permanecer na oposição).

Se restar uma única candidatura pela oposição, será a candidatura do Democratas”, observou.

A aliança foi antecipada pelo Blog de Jamildo, há duas semanas.

De olho no jogo nacional, Eduardo Campos pode compor chapa no Recife com PMDB Com aliados, entretanto, o candidato do Democratas conta que já sabia das negociações de bastidores e que elas ajudam a explicar a resistência ao apoiamento de seu nome. “Depois dizem nos jornais que o empecilho nas negociações da oposição sou eu.

As pessoas deveriam ser mais transparentes”, reclamou a um amigo, sob reserva.

No ar, o deputado federal acusou publicamente o governador Eduardo Campos de trabalhar para dividir a oposição e polarizar a eleição com o PT. “Os dois candidatos são da situação.

Eles são responsáveis pelo que está aí.

Se Eduardo Campos tinha a fórmula mágica da gestão, porque não a ofereceu ao recife, nestes anos em que ocupou a vice-prefeitura?”, comentou.

O Blog de Jamildo perguntou ao deputado federal se ele classificava Geraldo Júlio de candidato biônico também, por ter saído do bolso do paletó de Eduardo Campos, como ocorreu com Humberto Costa, do PT, imposto pela direção nacional, contra a vontade das bases, expressa nas prévias, vencidas pelo prefeito João da Costa. “É um candidato construído em laboratório sim.

E um prefeito não pode ser assim, um produto de marketing”, acredita. “Com esse perfil técnico, nós vimos o que deu.

Tivemos os últimos anos de crise política e administrativa” “Não adianta fazer um arrumadinho de bastidor para eliminar a oposição da disputa” Apesar de todo o cenário disfavorável, o deputado federal prometeu resistir bravamente. “Tenho que resistir.

Sou um vietcong lutando contra um império.

Minha arma será um sapato, depois outro, gastando sola para falar com a população.

Recife não tem dono.

Vamos desmistificar isto”, prometeu.