Postulante à Prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) é um dos poucos nomes que ainda assume o posto de oposição à Frente Popular.

Admitindo enfraquecimento do bloco com a mudança de lado do PMDB, Mendonça alfineta atitude do colega Raul Henry, que estaria se unindo á situação fingindo de oposição: “chamar PSB de “alternativa” é conversa pra boi dormir!”, dispara. “Foi uma surpresa!”, dispara o democrata sobre a nota emitida pelo PMDB. “Existiam rumores, mas eu sinceramente não acreditava.

Surpreendente.

Lamentável, mas paciência.

Vamos continuar no nosso espaço de oposição.” Em nota oficial, PMDB de Jarbas anuncia apoio ao PSB de Eduardo Na manhã desta segunda-feira (25) Mendonça já havia dito que estava como um “vietcong” lutando contra um poderoso império.

Agora, chateado com a traição do PMDB às vésperas das convenções, Mendonça mostra não ter aceito os argumentos utilizados pelo PMDB para se unir à Frente Popular. “Essa história de falar que o PSB é “alternativa”, isso é conversa para boi dormir!

A verdadeira “alternativa” é a oposição.

O PSB é governo há 12 anos no Recife, com João Paulo durante oito anos e mais quatro com o vice-prefeito do Recife [o socialista Milton Coelho].

Então tanto o PT como o PSB representam o governo.” Há meses conversando em busca de um alinhamento, o bloco oposicionista chega às vésperas do fechamento das convenções ainda dividida.

A situação era até cômoda, visto que não havia franco favorito e algum oposicionista deveria figurar no segundo turno.

Mas tudo mudou quando Geraldo Júlio foi colocado como candidato do PSB e, apesar de “desconhecido”, foi abraçado pelos partidos da Frente Popular.

O cenário passou a ter dois nomes fortes: Geraldo Júlio (PSB) e Humberto Costa (PT), deixando a oposição ameaçada de assistir a um segundo turno entre os referidos candidatos.

A união do bloco se fez necessária e, num momento crucial, o oposicionista Raul Henry (PMDB) também passou para o bloco da Frente Popular.

Agora os três oposicionistas terão novas reuniões para tentar uma união. “Estou esperançoso [numa união].

Indepdendente de qualquer coisa, a voz da oposição precisa se colocar, fazer cobrança, fiscalizar o governo.

Não há democracia sem oposição.” Raul Jungmann não congita se unir à Frente Popular e cobra maturidade política de Mendonça e Daniel Daniel Coelho não dá importância ao apoio do PMDB ao PSB Mendonça Filho afirmou ainda que sua candidatura pode, sim, ser retirada em nome de uma união do bloco. “Eu sempre sentei à mesa disposto a negociar a partir de critérios objetivos que poderiam ser construídos num consenso para que se tenha um projeto de cidade.

Estou disposto ao diálogo, mas precisamos estabelecer critérios”, avisa.

A convenção para homologação de sua candidatura permanece marcada para a próxima sexta-feira (29).

No fim da tarde desta segunda-feira (25) o PMDB de Jarbas Vasconcelos, cujo pré-candidato era Raul Henry, retirou sua candidatura e decidiu apoiar o candidato do PSB, Geraldo Júlio.

A migração muda completamente o cenário político pernambucano.

O PT, antes cabeça da Frente Popular, se encontra completamente isolado.

O PSB, já na liderança da Frente, se alia agora ao histórico rival político mais forte do grupo, o PMDB de Jarbas Vasconcelos.

PCdoB também anuncia apoio ao PSB de Eduardo e deixa PT de Humberto completamente isolado É importante destacar também que os movimentos de afastamento do PT e, agora, de firmar aliança com o PMDB, fazem parte dos planos de Eduardo Campos para se candidatar à Presidente da República já em 2014.

A saída do partido que detém maior tempo de horário político nos veículos de comunicação, PMDB, do cenário da oposição rumando para o grupo da Frente Popular torna a Frente - que agora conta com 19 partidos - ainda mais soberana em Pernambuco e fragiliza ainda mais o bloco de oposição, que tem agora Raul Jungmann (PPS), Daniel Coelho (PSDB) e Mendonça Filho (DEM).

Diretório Nacional do PT nega recurso de João da Costa, que está definitivamente fora da disputa