Por Otávio Luiz Machado Como falta muito pouco para o início oficial das campanhas eleitorais de 2012, se o quadro atual se configurar em Recife teremos ao menos duas candidaturas diretas da chamada Frente Popular, duas com os maiores partidos de oposição do Estado que já foram governos e duas com os menores partidos de oposição do Estado que nunca foram governo. É possível ainda que existam fusões de candidaturas na última hora a depender das negociações entre as siglas e as articulações dos diretórios nacionais – estamos falando de eleições em uma capital onde a decisão dos nomes não é só uma decisão da instância municipal – , o que vai dificultar ainda mais a vida dos eleitores na hora de decidir.
O PT já possui a vantagem de sair com uma boa frente de votos, porque independentemente de quem seja o candidato a média tem ficado em torno dos 30% das intenções de voto, o que ainda não é o suficiente para ganhas as eleições e precisará correr atrás de muito mais.
A possível candidatura do PSB com o apoio de todos os partidos da Frente Popular (menos o PT) é obviamente aquela que possui mais chances de crescer, mas não é possível ainda avaliar o quanto ela vai subir.
O fato é que ela tem muito mais chances de tirar mais os votos da oposição do que propriamente do PT, o que significa que a disputa vai ser grande.
O guia eleitoral tenderá a mostrar mais os projetos futuros, como a possibilidade de termos uma cidade com a robustez econômica de uma São Paulo, mas com a qualidade de vida de uma Curitiba.
Vai focar mais nas soluções do que nos problemas propriamente ditos, embora não deve passar batida a briga do PT, a péssima gestão de João da Costa, um diagnóstico frio da situação da cidade em todas as áreas e até a possibilidade de cair em cima do candidato do governador como um sósia do atual prefeito (com todos os seus defeitos e qualidades).
Quanto a qual palanque o Prefeito João da Costa vai subir é uma incógnita, como é próprio dele.
Mas ele vai ser uma balisa importante para as eleições, a depender do que venha a ocorrer em seu governo nos próximos meses.
O processo eleitoral de 2012 traz como vantagem a inexistência de qualquer candidatura que pode propagar o seu favoritismo, o que aumenta as chances de haver um grande debate político sobre a cidade que queremos para os próximos anos.
O eleitor vai ter em mãos um verdadeiro cartão-fidelidade, que poderá continuar com ele com novas vantagens ou optar por outros de marcas diferentes com as mesmas garantias e outras possibilidades prometidas. É educador, pesquisador, escritor e documentarista