Foto: Clemilson Campos/JC Imagem Por Pedro Eugênio, deputado federal e presidente do PT em Pernambuco, em artigo exclusivo para o Blog de Jamildo Na condição de presidente do Partido dos Trabalhados em Pernambuco divulguei nota aos partidos da Frente Popular onde reafirmei a candidatura do senador Humberto Costa à Prefeitura do Recife; lembrei que o PT faz parte da Frente Popular, que é uma construção política e histórica baseada em conteúdo programático da qual participamos com inegável protagonismo; e assinalei que do PSB esperamos a solidariedade que temos exercido mutuamente ao longo dos anos.

Somos da Frente e estamos na Frente, que, no seu desenho atual, no plano estadual, iniciou-se em 2006 com o apoio incondicional do PT a Eduardo Campos no segundo turno.

Frente que é uma construção histórica, não é um nome, uma “grife” da qual se possa dispor.

Só a renúncia a seus princípios de ação transformadora poderia dela nos afastar.

No atual momento, pelo contrário, segue o PT firme no Recife como condutor de ações que representam essas diretrizes, seja através de nossas gestões à frente da PCR com João Paulo e João da Costa, seja através das ações dos governos Lula e Dilma, seja pela nossa atuação no âmbito do Governo Eduardo Campos.

Argumenta-se que nossas divergências internas justificariam o lançamento de uma candidatura pelo PSB.

Lembro que a candidatura do senador Humberto está respaldada por decisões dos Diretórios Municipal e Nacional de nosso partido, o que lhe confere a condição de candidato.

A existência de um recurso interposto ao Diretório Nacional pelo prefeito João da Costa demonstra o caráter democrático de nosso partido e representa o exercício legítimo, pelo prefeito, de aspirar a concorrer à reeleição.

Seria bom que todos entendessem que a disputa interna que ocorre no PT em torno do nome a representá-lo na próxima eleição tem a ver com divergências quanto ao estilo de governar e não quanto aos compromissos programáticos com a cidade e sua população.

Isto posto, cabe-nos, mais uma vez, conclamar os partidos da Frente Popular do Recife a cerrarem fileiras em torno do candidato do PT, para preservá-la no campo político-eleitoral.

Se sairmos divididos, os agrupamentos partidários que se formarem para disputar o cargo já hoje ocupado pelo PT, por mais que se denominem de Frente Popular, não mais o serão, pois suas raízes históricas são indivisíveis.

A parte desta história que cabe ao Partido dos Trabalhadores é larga e profundamente enraizada no povo recifense.

No que depender do PT, portanto, a Frente Popular do Recife será preservada e não seremos nós que a dividiremos.

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