Acusados de matar defensor de direitos humanos na PB vão a júri No UOL A Justiça Federal na Paraíba decidiu nesta sexta-feira (22) levar a júri popular os cinco acusados de terem participado doassassinato do advogado e ex-vereador Manoel Bezerra de Mattos Neto, em 2009.
Vice-presidente do PT de Pernambuco, o advogado integrava a Comissão de Direitos Humanos da OAB no Estado e havia denunciado a existência de grupos de extermínio com a participação de policiais militares, chamados de “justiceiros”.
Mattos Neto levou dois tiros em uma casa de praia em Pitimbu (63 km de João Pessoa).
Os acusados são o sargento da PM Flávio Inácio Pereira e Cláudio Roberto Borges –apontados como mandantes–, José da Silva Martins e Sérgio Paulo da Silva - denunciados como executores– e José Nilson Borges –irmão de Cláudio e dono da arma.
Quatro deles já estão presos.
Sérgio está foragido.
Ainda não há data para o julgamento, conforme a sentença de pronúncia do juiz federal Alexandre de Luna Freire.
FEDERALIZAÇÃO Esse foi o único processo ligado a direitos humanos que foi transferido da esfera estadual para a federal, segundo levantamento feito pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) no ano passado.
A federalização desse tipo de crime ficou permitida por uma emenda constitucional aprovada em 2004.
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) considerou “notória a incapacidade das instâncias e autoridades locais em oferecer respostas efetivas”.
A Folha não localizou os advogados dos cinco acusados na noite desta sexta-feira.
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