Como era de se esperar, a oficialização da candidatura de Geraldo Júlio pelo PSB do governador Eduardo Campos mudou o cenário político no Recife para as eleições de outubro.

A oposição - que já vinha se articulando e pensando soluções para a possibilidade de enfrentar ao mesmo tempo dois candidatos da Frente Popular - é, agora, praticamente obrigada a se unir para não correr o risco de ver o segundo turno ser disputado pelo PT e o PSB, ou seja, sem um representante do grupo.

Conheça o perfil de Geraldo Júlio, o candidato do PSB Carta aos partidos da Frente Popular oficializa o nome de Geraldo Júlio na disputa pelo PSB no Recife Um encontro entre os quatro pré-candidatos - Mendonça Filho (DEM), Daniel Coelho (PSDB), Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann (PPS) - deve ocorrer neste fim de semana.

A ideia é costurar uma aliança, reduzindo, pelo menos, de quatro para dois o número de candidatos do bloco da oposição. “Há um imperativo da unidade (na oposição).

Politicamente, a postura da oposição tem que botar de forma clara e objetiva quem é o governo, porque o PSB não pode chegar agora com o discurso de que é oposição.

Não dá para ser governo e oposição ao mesmo tempo.

Se não nos unirmos, corremos um sério risco de a oposição não ter um representante no segundo turno”, declarou Mendonça Filho.

Para Daniel Coelho, a conversa deve ser conduzida de forma tranquila. “Mesmo havendo quatro candidatos de partidos diferentes, com visões divergentes, dá para chegar em um entendimento.

Eu tenho a visão de que as pessoas estão cansadas da mesma cara, das mesmas propostas e somos alternativas a isto”, avaliou.

O encontro entre os pré-candidatos também servirá para afinar o discurso contra os candidatos da Frente Popular.

Aliás, as críticas já começaram. À tarde, antes mesmo de a candidatura de Geraldo Júlio ser formalizada, Mendonça Filho postou no seu perfil no Twitter que o “Recife não precisa de prefeitos biônicos ou de última hora, retirados do bolso do colete.

A gente já viu que assim não dá certo”.

Com a afirmação, ele lembrou que, assim como o prefeito João da Costa (PT) foi “cria” de João Paulo (PT) nas eleições de 2008, Geraldo Júlio saiu do colete de Eduardo Campos (PSB) este ano.

E, hoje, o PT trava uma briga pública por não querer a candidatura à reeleição de João da Costa.

Hoje o Recife sofre por causa da tese do candidato tirado do bolso do colete, diz Mendonça Filho Assim como Mendonça, Daniel Coelho, em entrevista ao Blog, teceu críticas aos candidatos tirados do colete. “Quatro anos atrás já vimos que candidato que não tinha experiência política não dá certo.

Isto tem que avaliado pelo eleitor”.

Nem Raul Jungmann nem Raul Henry, que está no Rio Grande do Sul, atenderam as ligações da reportagem.