Por Jamildo Melo, em Petrolina Quando o assunto é saúde, o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, do PMDB, mantém o discurso crítico em relação ao governo Eduardo Campos, do PMDB.
Lóssio é um dos poucas vozes da oposição que não tem medo de falar o que pensa. “O governador Eduardo Campos pensa que cuidar da saúde é só a doença.
Não se devia só fazer hospitais novos, mas cuidar de saneamento e pavimentação, como estamos fazendo aqui.
Agora (com a concessão para empresas privadas explorarem o setor de saneamento da Compesa) é a primeira vez que Eduardo Campos está realmente cuidando da saúde, de verdade”, acredita.
Na reformulação que está fazendo na saúde, Júlio Lóssio tem investido em unidades chamadas AME (Atendimento Médico Especializado), que se parecem com as UPAs de Eduardo Campos e são voltadas para baixa complexidade médica.
Ja são quatro em funcionamento, mas na campanha Lóssio prometeu 15. “Na verdade, vou ter que fazer 20 delas.
As pessoas, em alguns locais, como Areia Branca, já estão deixando de pagar plano de saúde.
Cada AME cadastra 15 mil pessoas, como se fosse um plano de saúde” Neste contexto, o prefeito de Petrolina detona a política de expansão preconizada pelo governo Federal, de ampliação do Samu, sistema de atendimento emergencial com ambulâncias. “O problema do Brasil é que se diz que falta grana e cada um que chega inventa um programa novo.
O Samu mesmo prioriza o médico, seguindo o modelo francês.
Seria melhor o modelo americano, em que os paramédicos fazem o atendimento emergencial e levam para o hospital de referência.
Sei que estou dando um tiro na minha classe, mas o Samu é capenga justamente por isto.
Ele tem um alto custo porque tem muito médico lá dentro”, avalia.
Seguindo sempre a linha de que menos é mais (a busca da eficiência é o segredo da boa gestão), Lóssio diz que tem hoje 75 médicos, sendo que 30 estão na atenção básica.
Na cidade, o salário médio é de R$ 10 mil. “Com 60 médicos eu resolvia tudo, pagando até um salário melhor.
Seriam três médicos em cada AME (20 AMES no total, segundo o planejado, mas ainda não executado)”, diz.
IMIP receberá do Ministério da Saúde 7,9 milhões O ministro da Saúde, Alexandre Padilha assinou, nesta quarta-feira (20), portaria que estabelece o montante de R$ 7.997.791,22 (sete milhões, novecentos e noventa e sete mil setecentos e noventa e um reais e vinte e dois centavos), a serem incorporados ao Limite Financeiro Anual da assistência ambulatorial e hospitalar (média e alta complexidade) do Instituto Integral Professor Fernando Figueira, o IMIP de Pernambuco.
Os recursos serão liberados através de 12 (doze) parcelas a partir de julho de 2012 e servirão para custeio e manutenção do IMIP.
O recurso faz parte da política de incentivo financeiro às instituições filantrópicas com 100% de leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS).