Por Reinaldo Azevedo, em seu blog Os petistas financiados, disfarçados de jornalistas, estão doidinhos para tentar emplacar na imprensa uma, como dizer?, pauta alternativa.
Querem que o noticiário mude de foco.
Tentam criar uma intriga entre os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.
Segundo essa versão assalariada, o candidato à do PSDB Prefeitura estaria bravo com o governador, culpando-o por não ter fechado o acordo com Maluf.
Agora os fatos: nem Alckmin nem Serra aceitaram entrar no leilão que Maluf tentou promover.
Do governador, ele queria mais espaço no estado; de Serra, o compromisso de nomear desde já alguns aliados.
De um, ouviu um “não”; do outro, também.
O PT, como se viu, fez um pagamento antecipado — a nomeação de Oswaldo Garcia para a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades — e ainda garantiu que a área de habitação da Prefeitura fica com os malufistas caso Haddad se eleja. É assim que Maluf negocia.
Política tem preço.
Lula decidiu pagar.
De fato, Maluf havia prometido apoio à candidatura de Serra, mas estava inconformado com o fato de que não estava sendo devidamente recompensado.
E resolveu reabrir o leilão.
Como os tucanos não se sensibilizaram, avançou na negociação com o PT.
Alckmin estava nos EUA.
A mensagem que recebeu de Serra foi bem distinta daquela que está sendo veiculada pelos petralhas: não vale a pena se esforçar para tentar “reconquistar” Maluf.
Ao contrário: o esforço poderia ser contraproducente qualquer que fosse o resultado.
Traria junto o desgaste do leilão que ele promoveu.
O encontro de Lula e Maluf, assim, consagra o entendimento que ambos têm da política: um queria vender, e outro queria comprar. É, assim, uma espécie de versão argentária do franciscanismo: é pagando que se recebe.