Por Sheila Borges Do Jornal do Commercio Para não alimentar ainda mais o clima de “insegurança política” entre os partidos da Frente Popular, o governador Eduardo Campos (PSB) decidiu que só embarcará para os Estados Unidos – onde receberá um prêmio em Nova Iorque – no domingo (24), após resolver o imbróglio da sucessão do Recife.
Até a quinta (21), o governador espera definir – após conversa com o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (PT) – o candidato socialista.
Os nomes mais cotados são os ex-secretários Geraldo Júlio e Danilo Cabral.
O primeiro tem ganhado força em função de seu perfil mais “gerentão”.
Como é um profundo conhecer do modelo de gestão de Eduardo no Estado, teria todas as condições para replicá-lo se chegar à Prefeitura do Recife, na avaliação dos socialistas.
Na bolsa de cotações da chapa do PSB, especulou-se ontem que Geraldo Júlio deve ser confirmado candidato e ter como vice o vereador Antonio Luiz Neto, do PTB do senador Armando Monteiro Neto.
O perfil mais político do petebista contribuiria para equilibrar a imagem pública da dobradinha da Frente Popular.
Luiz Neto tem voto e popularidade, exerce o quinto mandato na Câmara do Recife, sempre com votações expressivas.
Além do mais, é de família forjada na política.
Seu pai, Antonio Luiz Filho, foi vereador do Recife e deputado estadual.
O vereador está em uma fase positiva.
Como presidente do Santa Cruz, conseguiu conquistar dois títulos pernambucanos e tirar o time da Série D do campeonato nacional.
A entrada de Antonio Luiz Neto também “renovaria” a aliança de Eduardo com Armando Monteiro - os dois viveram atritos desde a polêmica emenda da reeleição do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), com Eduardo apoiando e o PTB votando contra.
Nos bastidores, já está quase tudo definido.
Falta apenas a conversa final entre Eduardo e Lula.
O ex-presidente ficou de ligar hoje para o governador.
O PT não abre mão de lançar o senador Humberto Costa, após abortar o projeto de reeleição do prefeito João da Costa.
Os socialistas acreditam que Lula entenderá as razões que fizeram Eduardo tomar para si a condução da sucessão, já que o PT tem dificuldades para conseguir a unidade interna.
A maioria das legendas da Frente está com Eduardo.
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