Na sua chegada ao Engenho Macambira, em Caruaru, para a festa de São João do vice-governador João Lyra, o Blog de Jamildo perguntou ao vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, se os socialistas, ao escantearem o PT no Recife, não teriam medo de conquistar o ódio de José Dirceu, ex-ministro do governo Lula e um dos caciques do petismo de São Paulo. “Ele tem lá a vida dele.
Não temos medo de Dirceu não.
Nem temos medo de conquistar o ódio dele.
O que temos que conquistar é a opinião pública, com um trabalho sério, propostas para o futuro do Recife”, observou.
Ao comentar a mais nova pesquisa do JC/Nassau, em que coloca Humberto Costa com aprovação de até 36%, em um dos cenários, Milton Coelho disse que o PSB trabalhava com números próximos daqueles.
Mas fez ressalvas importantes para entender os resultados da pesquisa. “Na campanha, ele vai ter que explicar se é oposição (a João da Costa) ou se é governo.
Qual vai ser o discurso?”, citou. “Depois, não há uma compreensão clara na cabeça da população sobre os palanques.
Na cabeça do povo, Humberto e Eduardo estão juntos há muito tempo”, explicou. “Teve o momento do PT e a gente respeitou.
Só que o PT perdeu as condições de protagonizar este processo.
A dinâmica política avançou tanto que uma eventual candidatura própria do PSB é irreversível.
Milton Coelho disse ainda que até a próxima sexta-feira o governador anuncia o desfecho da candidatura próxima, uma vez que precisa conversar antes com o presidente Lula, na quarta-feira. “Entre terça e sexta tudo se resolve. É uma questão de diplomacia política.
O governador precisa dizer primeiro ao presidente que haverá candidatura do PSB e somente depois publicizar”, pontuou.
Sobre a briga do PT, observador privilegiado da condição de vice-prefeito do Recife, Milton Coelho disse que ficou surpreso com o nível de intensidade do debate. “Elevaram o tom demais”.