De acordo com fontes do Blog de Jamildo em Brasília, depois do desfecho da crise entre os partidos aliados da Frente de Pernambuco, nesta quinta, quando tanto o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Armando Monteiro Neto (PTB) explicaram a Humberto Costa que não poderiam marchar com o PT, o deputado federal João Paulo era um dos mais felizes, na tarde desta quinta-feira, pelos corredores da Câmara dos Deputados. “Agora é todo mundo contra Eduardo”, comentava, revelando a tática que deve ser adotada daqui para a frente.

Numa das suas falas antes do rompimento, o próprio Humberto Costa afirmou que o governador poderia ter problemas nos próximos dois anos que faltam para a conclusão do segundo mandato.

Segundo a avaliação dos próprios petistas, o ex-ministro José Dirceu teria conseguido o que queria, distanciar o presidente Lula e o PT do governador Eduardo Campos, visto como uma ameaça potencial para as futuras eleições presidenciais.

O próprio Eduardo Campos tem dito a aliados saber que a briga no Recife não ocorre somente em função das eleições municipais, nem somente em função das eleições estaduais de 2014, mas basicamente uma antecipação da sucessão municipal. “Uma ala do PT precisa enfraquecer Eduardo Campos já, em sua própria casa, para evitar que ele cresça mais nacionalmente.

E quem articula tudo isto é José Dirceu”, observa uma fonte petista.

Uma das observações mais frequentes é a falta de quadros do PT para a disputa nacional, depois do mensalão.

Dilma pode chegar fragilizada em sua sucessão, considerando o fim de um ciclo virtuoso na economia (ver o pibinho).

Neste cenário, não é contra a lógica imaginar que João da Costa, depois desta confusão toda, pode ter bons motivos para aproximar-se dos socialistas.

Primeiro porque ele não atrapalha os planos de 2014 do PSB.

Depois, tudo comprova que o motivo de toda a briga do Recife está longe daqui.