Policial ajudaria a desvendar morte de padre Henrique / Foto: reprodução da internet O policial civil Raimundo Pereira da Silva, uma das primeiras pessoas que seria ouvida pela Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara, morreu na semana passada por causas naturais.
O depoimento de Raimundo ajudaria a esclarecer o assassinato do padre Antônio Henrique Pereira - que era auxiliar de Dom Hélder -, já que ele foi um dos investigadores do crime.
Agente de polícia do Dops no Recife pode ajudar a esclarecer morte de Padre Henrique, após 40 anos Boa notícia.
Comissão da Verdade com apoio integral do MPPE Ministério Público entrega à Comissão da Verdade cópia da ação sobre o assassinato do Padre Henrique Agora, a Comissão analisará apenas um depoimento que ele deu ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em 2009, quando a morte do padre completou 40 anos.
Na época, o então procurador-geral de Justiça, Paulo Varejão, decidiu pela reabertura do caso na tentativa de dar “respostas à população”.
No depoimento ao MPPE, Raimundo afirmou que sofreu uma tentativa de assassinato.
Além disso, lembrou que o carro usado para transportar os assassinos de padre henrique foi abastecido instantes antes do homicídio na sede da então Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Por isso, as evidência apontam uma ligação entre agentes de repressão do Estado e a morte do religioso.
O processo do padre Henrique tem 3.394 páginas e está dividido em 13 volumes.
Ele foi sequestrado no dia 26 de maio de 1969, no Recife, após uma reunião com um grupo de jovens católicos.
No dia seguinte, o religioso foi torturado até a morte.
O corpo foi encontrado em um matagal da Cidade Universitária.