Por Rafael Guerra Do Jornal do Commercio Quando o assunto é a formação das chapas proporcionais para a eleição de outubro, os vereadores recifenses que integram a Frente Popular estão sem rumo, sem saber ainda quais caminhos seguirão na campanha, que começa oficialmente na primeira semana de julho.

Pelos corredores da Câmara Municipal, é possível perceber a tensão no semblante dos parlamentares que estão, praticamente, arrancando os cabelos.

Todos sabem das dificuldades de uma eleição proporcional e o racha interno do PT – além do possível racha da Frente Popular – não vem colocando na pauta a situação dos vereadores.

Faltando 16 dias para a data limite imposta pela Justiça Eleitoral para a realização das convenções, não existe uma definição de quem será o candidato a prefeito do lado governista (ou os candidatos).

A unidade da Frente não está garantida e a possibilidade de duas candidaturas, a do PT e a do PSB, deixa o cenário ainda mais incerto.

Uma reclamação que parece ser unanimidade entre os vereadores é que eles não estão sendo procurados pelos comandos dos partidos para tratar da situação.

Antes da prévia petista do dia 20 de maio, a impaciência deles já era grande.

Muitos se diziam refém do racha interno do PT.

Agora que o prazo para a tomada de decisão deve ser esticada até o último momento e o governador Eduardo Campos colocou o PSB no processo, os vereadores ficaram ainda mais preocupados.

A maioria, entretanto, prefere só abordar o assunto no anonimato. “Nunca imaginei que chegaríamos a uma situação dessa.

Estamos arrancando os cabelos.

Ninguém nos diz nada”, reclamou um vereador da Frente Popular. “Participei de algumas reuniões com o objetivo de começar a organizar as possíveis chapas e saí mais confuso do que entrei”, emendou outro.

O governador anunciou que vai escutar os partidos.

Legendas como o PSD já avisaram que vão esperar a decisão do PSB para se posicionarem.

Os petistas correm o risco de, caso haja duas candidaturas governistas, ficarem isolados.

Maré Malta (PSD) acredita que a melhor opção seria a unidade para que os partidos possam se organizar num “chapão”.

Com o aumento que haverá no número de vereadores, de 37 para 39, o coeficiente eleitoral – resultado da divisão dos votos válidos pelas vagas na Câmara – deve ficar, de acordo com Maré, em 22 mil votos. “Se conseguirmos fazer uma coligação forte, com uns 10 partidos, ficaria mais fácil se eleger, com um número entre 6.500 e 7.000 votos.

Mas se houver uma divisão – 4 partidos de um lado, três de o outro – fica muito mais difícil”, avaliou.

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