Por Rafael Guerra Do Jornal do Commercio Os vereadores Osmar Ricardo e Múcio Magalhães, ambos do PT, deram sequência, ontem, ao racha interno petista na Câmara Municipal.

O vereador Gilberto Alves (PTN), na sessão da segunda-feira (11), defendeu que a Frente Popular não poderia mais esperar pelo PT e que o governador Eduardo Campos (PSB) deveria assumir o comando do processo sucessório.

O discurso repercutiu, ontem, e o vereador Múcio Magalhães (PT) subiu na tribuna, para afirmar que o PT tem condições de criar a unidade necessária para conduzir a Frente Popular na eleição de outubro e tentou colocar panos mornos na briga entre os petistas. “O tempo da disputa interna do PT chegou ao fim.

Agora a Executiva nacional decidiu por convocar o senador Humberto Costa, o diretório municipal homologou a candidatura de Humberto e minha esperança é que as coisas voltem aos seus devidos lugares.

Aliado tem que conversar como aliado.

Quem está na gestão da cidade tem que continuar trabalhando.

Agora vamos debater o Recife”, assegurou Múcio.

O vereador disse que a candidatura de Humberto contará com o apoio de Eduardo Campos, do senador Armando Monteiro Neto (PTB), da maioria dos vereadores e dos partidos da Frente Popular. “Acredito que teremos mais quatro anos de governo do PT.

Por mais que tentem, nada vai separar a Frente”, apostou. “O PT perdeu as condições de liderar uma eleição e um governo”, diz Eduardo Se a ideia era acalmar os ânimos, o posicionamento de Múcio Magalhães pareceu não surtir grandes efeitos.

Osmar Ricardo (PT) mostrou que está disposto a não deixar a disputa arrefecer: não mediu palavras para criticar a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) “liderada no Estado por Humberto Costa” que, segundo ele, orquestrou o “golpe” que tirou do prefeito João da Costa a chance de tentar a reeleição. “Tudo foi orquestrado por Humberto.

Que Brasil ele quer construir intervindo nas cidades?

A militância que nos deu a vitória (na prévia) não vai dar um minuto de descanso à CNB.

Vamos recorrer até a última instância possível.

João da Costa está sendo perseguido pela ditadura do PT, por um grupo que quer construir o partido pelo avesso”, disparou Osmar.

O vereador Carlos Gueiros (PTB) pediu um aparte e terminou colocando ainda mais “lenha na fogueira”.

O trabalhista ressaltou que os partidos que compõe a Frente Popular não podem ficar de braços cruzados esperando o término da briga fratricida petista. “Sem entrar no mérito da questão, gostaria de lembrar que Osmar Ricardo escutou o que Múcio Magalhães falou e, coincidentemente, ou não, nenhum dos petistas que apoiam a candidatura de Humberto ficou na sessão para ouvir o discurso de Osmar”, registrou Gueiros.

Osmar Ricardo aproveitou a deixa e criticou diretamente Múcio Magalhães. “Ele tentou apaziguar o debate político.

Não tem coragem de debater na minha frente.

Vou continuar a discutir porque não consigo dormir pensando no golpe que deram no prefeito”, disse.

Múcio foi procurado pelo JC, mas não quis falar sobre o discurso de Osmar.

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