Por Sheila Borges Do Jornal do Commercio A ideia do PSB lançar candidato próprio no Recife se fortaleceu nas últimas 24 horas.
Os socialistas tiveram na segunda-feira (11) mais uma sinalização de que a novela interna do PT não vai acabar tão cedo e que o pré-candidato do partido à PCR, senador Humberto Costa, não está conseguindo reunir as condições necessárias para recompor a Frente Popular.
O sinal foi dado com a confirmação de que o prefeito João da Costa (PT) recorreu ao Diretório nacional petista na tentativa de reverter a decisão da Executiva Nacional, que na semana passada desconheceu afastou o prefeito da disputa e indicou a candidatura de Humberto.
Como a crise do PT ganhou um novo fôlego, correndo o risco de chegar ao Poder Judiciário, o PSB convocou os seus principais líderes para uma conversa nesta terça (12) com o objetivo de tomar uma decisão oficial.
Até porque o clima entre os pré-candidatos a vereador é de “total insegurança”.
A montagem das chapas proporcionais está em compasso de espera.
As convenções que homologam os candidatos devem ser realizadas até o fim do mês.
A terça foi de sucessivas conversas.
Com o aval do governador Eduardo Campos, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, fez diversas sondagens para ver como a Frente poderá reagir ao lançamento de um candidato do PSB.
Nos bastidores, a informação é que, antes de tomar qualquer decisão, Eduardo falará com Humberto Costa.
Até ontem à noite, ninguém conseguia confirmar se esse encontro já teria ocorrido ou se acontecerá nesta terça.
Não se descarta, inclusive, uma conversa entre o governador e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - o líder maior dos petistas sempre foi simpático ao projeto de Humberto e tem uma relação mais do que amistosa com Eduardo.
O jogo está no momento decisivo e os movimentos vão repercutir diretamente nas articulações de 2014.
O governador Eduardo Campos quer eleger o sucessor em 2014 e vai lançar alguém do PSB.
Por isso, Humberto, em tese, seria a opção ideal para a PCR, mas não diante de tanta “insegurança”, entendem os socialistas.
Ao mesmo tempo, o PT não pode se sentir como se estivesse sempre à reboque de Eduardo, que, por sua vez, precisa do PT para viabilizar o seu principal projeto: chegar à Presidência da República em 2014 ou 2018.
Nesse contexto, o debate em torno do nome do candidato do PSB ficou secundário.
Mesmo assim, não há muito tempo para postergar a discussão.
Quatro socialistas estão no páreo: os ex-secretários Danilo Cabral, Sileno Guedes, Tadeu Alencar e Geraldo Júlio.
Estrategista, Eduardo escolherá com base em quatro critérios: grau de confiança pessoal, vivência partidária, experiência administrativa e prática política.
O governador vai optar pelo nome que reunir o maior número dessas variáveis.
Quer um candidato que tenha uma relação de confiança, que seja um homem de partido, que tenha experiência de gestão e que já tenha sido testado nas urnas.
O nome mais forte é o de Danilo Cabral.
Leia mais no JC desta terça-feira (12)