Nesta terça-feira, dia 12 de junho, haverá Paralisação Nacional coordenada pela Fenam, CFM e AMB, com ato público em Brasília, contra a Medida Provisória 568/2012 que corta em 50% os vencimentos dos servidores públicos federais.
Os médicos, que têm hoje uma jornada de 20 horas semanais no serviço público, com a Medida Provisória passariam a ter que cumprir 40 horas semanais pelo mesmo valor, de acordo com informações.
Neste dia será apresentado o relatório à Comissão Mista do Congresso Nacional.
Em Pernambuco, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) lembra à população que todos os serviços ambulatoriais e eletivos do Hospital das.
De acordo com a direção do Simepe nesta terça (12/06) não haverá atendimento ambulatorial e as consultas marcadas serão reagendadas nos hospitais das Clínicas/UFPE, Barão de Lucena, Getúlio Vargas e de outras unidades.
Os serviços de hemodiálise, do setor de quimioterapia e as cirurgias de urgência e oncológicas já programadas deverão ser mantidos.
A categoria realiza assembleia geral na quarta-feira, 13/06, às 19h30, no auditório da Associação Médica, localizada na Rua Oswaldo Cruz, 393, Boa Vista, para deliberar os novos rumos do movimento.
De acordo com o presidente do Simepe, Mário Jorge Lobo, as medidas se estendem aos atuais aposentados e pensionistas.
Como a Constituição não admite redução de salários ou vencimentos, a MP 568 institui a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI), que corresponde à diferença entre a tabela atual e a nova.
Assim, aproximadamente metade do valor percebido pelos médicos federais será transformada em VPNI. “É uma atitude descabida cortar um salário que já é baixo pela metade.
Não aceitamos esse abuso que visa unicamente a instalação do caos na nossa já frágil Saúde Pública que carece de atenção e investimentos para melhorar o atendimento da população”, enfatizou.
Na semana passada, a Defensoria Médica o Simepe ingressou com uma Ação Civil Pública (pedido de liminar na Justiça Federal), no sentido de suspender a irredutibilidade dos vencimentos dos servidores públicos federais médicos e todos os efeitos da Medida Provisória 568/2012.
Foi encaminhado também ofício à Assembleia Legislativa de Pernambuco, solicitando audiência pública para discutir o tema.