Foto: divulgação/Banco do Nordeste Com informações do portal UOL O chefe de gabinete da presidência do Banco do Nordeste, Robério Gress do Vale, foi afastado da função nesta segunda-feira (11) após denúncia de operações de crédito irregulares que ultrapassam R$ 100 milhões.

O caso veio à tona por uma reportagem da revista Época, que cita uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e da própria instituoção financeira.

De acordo com a reportagem, as operações irregulares ocorreram entre 2009 e 2011.

As denúncias de irregularidades foram realizadas pelo gerente de negócio, Fred Elias de Souza.

O texto afirma ainda que pelo menos dez filiados do PT estão envolvidos no caso, o que pode sinalizar a existência de financiamentos fraudulentos para campanhas eleitorais.

No site do banco - que tem sede em Fortaleza, capital do Ceará, e atua em Pernambuco -, há uma nota confirmando o afastamento: “O Banco do Nordeste comunica a dispensa da função em comissão do senhor Robério Gress do Vale, que ocupava a chefia de gabinete da presidência desde dezembro de 2004.

Gress, funcionário de carreira há mais de 28 anos, passará a atuar em outra área da instituição.

O Banco não se pronunciará sobre os motivos da decisão”.

Em outro comunicado, divulgado também nesta segunda (11), a financeira confirma a existência de auditoria interna.

Leia a íntegra: “A respeito de recentes notícias publicadas na imprensa sobre operações de crédito irregulares no Banco do Nordeste do Brasil, no período compreendido entre o final de 2009 ao início de 2011, esclarecemos que esta Instituição, tão logo tomou conhecimento, ainda em julho de 2011, dos primeiros indícios de irregularidades, adotou imediatamente todas as providências que a situação reclamava.

No próprio mês de julho/2011 foi instaurado o primeiro de quatro procedimentos de sindicância que se encontram em andamento, por determinação da Diretoria do Banco, com o fim de apurar todos os fatos em questão e os que foram surgindo ao longo das investigações.

Estas apurações já resultaram no afastamento e demissão de vários colaboradores.

Além disso, o banco passou, espontaneamente, a interagir com os órgãos de controle externo – CGU, Ministério Público e Polícia Federal - a fim de que o assunto recebesse os encaminhamentos e apurações devidos, para além daqueles levados a curso no âmbito do próprio Banco do Nordeste.

As próprias informações divulgadas pela imprensa são provenientes de relatório de auditoria interna do Banco, o que confirma a adoção de providências tempestivas pela instituição já há quase um ano.

Importante observar que nos anos de 2010 e 2011, o Banco do Nordeste contratou a quantidade de 5,8 milhões de operações de crédito, sendo que as irregularidades envolveram operações contratadas por 24 clientes deste universo.

Inobstante, foram aprovados pela Diretoria, e imediatamente implementados, diversos aperfeiçoamentos nos processos de crédito, com vistas a mitigar os riscos da ocorrência de novos eventos da espécie.

Por fim, informamos que todas as decisões relacionadas à concessão de crédito no âmbito do Banco do Nordeste são tomadas, exclusivamente, por meio de critérios técnicos e de forma colegiada, existindo, para tanto, diversos comitês na estrutura de governança corporativa do Banco.” Veja matéria do UOL