O deputado federal e pré-candidato a Prefeitura do Recife, Paulo Rubem Santiago (PDT) reuniu-se ontem à noite, por mais de uma hora, com o Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, em Brasília, com o objetivo de formatar sua candidatura.
Com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, o pedetista tem conversado pelo menos três vezes por semana, para acertar detalhes da convenção do partido, compatibilizando a agenda dos representantes nacionais com a do presidente estadual, José Queiroz. “A expectativa agora é marcar a convenção”, diz Rubem.
Essa semana também conversou com o presidente estadual José Queiroz, que acaba de ampliar para 17 partidos o seu palanque em Caruaru, inclusive com a adesão do PT.
Além de reforçar a convocação da Convenção Municipal do partido junto à direção nacional (pelo Estatuto do PDT é a instância quem convoca a convenção nas cidades acima de 1 milhão de habitantes), inicia uma rodada de conversas individuais com as agremiações do Bloco e outros partidos que desenham teses democráticas e de esquerda para o Recife.
Dias antes, em Fortaleza, no Congresso Nacional da Juventude do PDT, Paulo Rubem também se reuniu com o secretário nacional do partido, Manoel Dias, defensor da candidatura própria do PDT em Recife e demais capitais. “Com Brizola Neto, a pauta foi o fortalecimento da candidatura do PDT em nossa capital.
O ministro e os dirigentes nacionais estão fechando as agendas para virem ao Recife apoiar minha candidatura”.
Candidaturas próprias Aliado da Frente Popular, o PDT entende que o quadro da cidade se deteriorou bastante com os conflitos internos do PT e , sobretudo, depois de 12 anos da mesma linha administrativa, o que é natural que ocorra com qualquer partido e aliança após esse longo período.
Paulo Rubem avalia que se qualquer partido do chamado Bloco Alternativo optar por seguir a aliança com o PT e o PSB essa oposição será entendida e respeitada, em função das avaliações táticas de cada agremiação. “A tese da candidatura do PDT no primeiro turno se espelha no exemplo no PSB em 2006.
Sem romper com Lula e o PT o PSB achou seu espaço naquela eleição, soube fazer uma campanha elevada e não teve problemas, por isso, para colher o apoio total do PT no segundo turno.Caso o PSB tivesse se mantido sob a liderança do PT já naquele primeiro turno, com a queda de Humberto nas pesquisas o governador eleito teria sido Mendonça Filho”.
Para o pedetista, a tese de candidaturas próprias, além disso, no primeiro turno, foi a grande ferramenta que impulsionou o PT em toda a sua trajetória até a chegada de Lula ao governo federal.
Também o PSB, em 2002, soube encontrar seu espaço, quando lançou Dilton da Conti ao Governo de Pernambuco, embora o candidato do PT e de Lula fosse Humberto Costa, que chegou a 32% dos votos naquele ano.