O deputado federal Fernando Ferro, fiel escudeiro de João da Costa na batalha petista do Recife, disse na manhã desta quarta-feira (6) que se for preciso, o grupo que defende a candidatura do prefeito à reeleição tem a obrigação de recorrer à justiça.

Ferro também criticou João Paulo e Maurício Rands.

Já no início da entrevista ao programa Super Manhã, na Rádio Jornal AM, o deputado federal se mostrou insatisfeito por não ter participado da reunião de ontem, em São Paulo, onde a Executiva Nacional decidiu que o candidato do PT para a Prefeitura do Recife será Humberto Costa. “Estranhamente, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, pediu para eu me retirar – já tinha se retirado o deputado Maurício Rands e o deputado João Paulo -, mas eu gostaria de ter participado desta reunião.

Não tenho medo de debate e gostaria de explicar a minha opinião sobre a situação do Recife.

Fui impedido de falar.

A reunião da executiva se tornou uma reunião secreta, onde todo mundo já sabia o resultado.” Sobre uma possível reivindicação da candidatura de João da Costa por via judicial, Ferro declarou ser uma obrigação do seu grupo tentar defendê-la “onde for necessário”, e afirmou que as regras internas do partido não são mais fortes que as do país. “Vivemos num estado democrático de direito. É um direito que temos [recorrer à justiça], até porque a Direção do PT não é maior que a Constituição do Brasil nem do regramento legal e jurídico do país.

Se for preciso, nós poderemos recorrer onde for necessário.

Além de um direito é uma obrigação.

Contra uma atitude de violência desse porte se justifica todas as alternativas jurídicas e legais.” Ressaltando que é uma opinião pessoal e que ainda não conversou sobre o assunto com o prefeito, Fernando ferro prosseguiu sua fala e não deixou passar em branco a nota emitida na tarde de ontem assinada por João Paulo e Maurício Rands. “Lamento que pessoas como Maurício Rands, Humberto Costa, João Paulo, se submetam a uma decisão dessa, a romper completamente com os laços partidários de escolha e tomada de decisão.” Ferro considera a imposição do nome de Humberto Costa como um ato de “violência e desrespeito” com a militância, “os que votaram a favor e os que votaram contra”.

E sugeriu: “se é para colocar alguém que está bem nas pesquisas, então coloca João Paulo.”