Por Carlos Augusto Pereira Muito interessantes as análises do cientista político Clóvis Miyachi e do economista Maurício Romão, aqui no Blog de Jamildo. É evidente que não são isentas, como não é o meu comentário.

De fato, durante três anos, saíram de militantes do próprio Partido dos Trabalhadores os maiores petardos contra o Partido, contra João da Costa e o bem que João, PT e gestão fazem à maioria da população recifense. É impossível separar João da Costa, partido e gestão.

Quem bate em um maltrata os três e fere a militância.

Ao mirar em João da Costa, João Paulo, Rands, Humberto e outros, peixes miúdos, não mediram as consequências dos seus impropérios.

Agrediram os feitos coletivos da gestão, atacaram o bem que, há anos, faz ao povo do Recife, atacaram militantes e feriram de morte a confiança dos que fazem o Partido neles (Rands, João Paulo e Humberto), para essa conjuntura.

João da Costa ganhou a prévia e habilitou-se a levar o partido à reeleição.

A população tomou sua defesa.

São pesquisas que indicam.

O recifense gosta de quem luta e, hoje, identifica-se com João da Costa.

O prefeito confirma a máxima de Lula: “O brasileiro não desiste, nunca”. É uma bobagem falar da expulsão de quem realiza o programa do Partido e defende suas posições.

João da Costa representa o novo na cena.

Reanima o PT, por inserir na política pessoas simples, do povo.

Com sua atitude transforma cidadãos comuns em sujeitos políticos e isso o torna uma nova e promissora liderança. É isso que os velhos caciques temem, não querem. É isso que faz tremer as elites.

Novas e democráticas práticas políticas.

Por outro lado, dialoga republicanamente, em favor da população, com os representantes dos setores produtivos da cidade e com isso ganha respeito.

Além de ter apoio para aprovar seus projetos na Câmara Municipal.

Não é demais afirmar: Quinze partidos fazem parte da coligação João da Costa lidera e governa o Recife.

A tarefa de unificar os partidos do campo democrático e popular nem o governador está conseguindo realizar, nessas eleições.

Vide a situação no, Cabo, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Goiana, Ipojuca, Petrolina…

Com candidaturas múltiplas e pressão, muita pressão. É ruim o quadro na RMR, que concentra mais de 50% da população do Estado e 45% do orçamento.

As chances de o PSDB eleger candidatos em Jaboatão e no Cabo são reais.

Sabe o que é?

O partido ou candidato a prefeito do Recife fala pra 3,5 milhões de pessoas, pela TV, em todos os canais ao mesmo tempo.

Isso faz diferença e todos querem.

Projeta partido, candidato e proposta, para agora e pra depois.

PSB, PTB, Rands, João Paulo, Humberto, Armando, todos querem estar na vitrine.

Os caciques não falam isso e acusam João da Costa de não unificar a Frente, usando-o como biombo para suas pretensões.

A Frente Popular que dá sustentação ao Governo do Estado, tal como ela é, pode sofrer derrotas importantes em vários dos mais importantes colégios eleitorais.

Portanto, é uma falácia a afirmação de que João da Costa não consegue juntar os partidos da Frente Popular.

O que preside a estratégia dos partidos são seus projetos nacional e locais e os dos seus dirigentes, caciques, se ficar mais fácil o entendimento. É o reposicionamento para disputas futuras, particularmente a do Governo de PE.

Além dos interesses dos candidatos proporcionais e majoritários em acumular força para suas reeleições.

Uma “briga de foice” acontece nas médias e pequenas cidades e nos grotões do nosso Estado.

O PSB, que acusava o PT de ser hegemonista, não abre um milímetro.

A CNB de Humberto bem sabe disso.

Além do mais, quer o PSB indicar (Humberto Costa) o candidato do PT no Recife.

A pressão é nacional.

Resistem em dar apoio a Haddad, São Paulo, querem que o PT retire a candidatura de Márcio Pochmann em Campinas, pressionaram por uma decisão a seu favor em Belo Horizonte, só para falar de algumas situações.

Ao mesmo tempo, o presidente nacional do PSB, troca figurinhas com o PSDB, Guerra e Aécio e, sela compromissos com o Kassab e seu partido, remanescente do que há de mais conservador na política do Brasil.

Com isso, imagina pavimentar seu caminho ao Planalto.

Na análise de Miyachi, ele reconhece os feitos da gestão.

Mas atribui a João da Costa apenas a qualidade de técnico.

Aqui um grande equívoco.

João da Costa é sim um excelente gestor, tanto que a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro – FIRJAN, lhe atribuiu o título de melhor gestor das finanças em toda região.

O Governo Federal libera milhões, pela capacidade de apresentar projetos e realizá-los, diferente do que acontece em uma infinidade de municípios brasileiros.

O que foge da análise de Miyachi é o fato de a gestão trabalhar para a maioria e de estar discutindo o orçamento da cidade com a população.

Lá, onde cada um mora.

Isso é o que nem os caciques do PT calcularam.

Foi a identificação das pessoas com os feitos da gestão e o fato de o Prefeito estar constantemente com eles que fez a diferença.

O técnico soube capitalizar para o PT os feitos da gestão.

Fez política, filiações, compôs maioria, mostrando capacidade de diálogo com forças, com a população, ganhou as prévias e se prepara, com a homologação da Executiva Nacional do PT - CEN, para renovar o mandato.

Não é fácil a situação da CEN-PT.

Será pior se fizer com que o Partido abdique de disputar em Recife, com João da Costa candidato a reeleição.

A não ser que a direção abra mão de buscar o poder, acumular força e manter o seu projeto nacional. *Carlos Augusto Pereira é pousadeiro, radialista e estudou jornalismo na Unicap, é também membro do Setorial de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT-PE.