No embalo da Rio+20, conferência internacional sobre meio ambiente que acontece nas próximas semanas no Rio de Janeiro, a cidade de Itacuruba, no interior de Pernambuco, saiu na frente nas discussões da Cúpula dos Povos da Rio+20 colocando em pauta as mudanças que devem afetar o meio ambiente e a vida na região.
A Marcha das Águas protesta contra a falta de ações do Governo do Estado para a efetiva melhoria na qualidade de vida dos moradores da região.
Eles afirmam que nenhuma das grandes obras os ajudou, ou ajudou menos que pequenas ações da sociedade civil organizada, ONGs ou grupos religiosos.
O grupo reivindica investimentos na Convivência com o semiárido, investimentos em agroecologia, adutoras para o meio urbano e revitalização do rio São Franciso.
Eles atacam diretamente a usina nuclear que pode ser instalada na região do Pankará.
Afirmam que a instalação “tende a piorar o que já é ruim”, já que a usina contamina os lençóis freáticos, destrói a biodiversidade, coloca as pessoas em risco e deixa lixo atômico para as próximas gerações.
A Marcha inaugura a agenda dos movimentos sociais que se estenderão pelo mundo inteiro.
A concentração está marcada para às 6h da manhã no Trevo de Itacuruba, entre Belém do São Francisco e Floresta, e o grupo caminha em direção ao território do Pankará, onde o Governo pretende instalar a usina nuclear do Nordeste.
A marcha será transmitida ao vivo via internet a partir das 8h da manhã.