Foto: Blog de Jamildo O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) foi o único ex-governador do Estado presente no evento que instalou a Comissão Estadual da Memória e Verdade.
Desde o ano passado, ele e o governador Eduardo Campos (PSB), que são adversários históricos na política local, ensaiam uma reaproximação.
Nesta sexta-feira (1º), o peemedebista entrou pela primeira vez no Palácio do Campos das Princesas desde sua saída do governo, em 2007.
Aliados exaltam reaproximação de Jarbas e Eduardo Campos Instalada nesta sexta-feira, Comissão da Verdade estadual começa os trabalhos segunda Ele protagonizou apertos de mão com Campos, sentou no mesmo palanque e até trocou algumas palavras com o ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e mãe do governador, Ana Arraes.
Entretanto, tentou minimizar a reaproximação, deixando claro que ele e o governador continuam em campos políticos diferentes.
Além disso, ele negou que a política local estaria vivendo um novo ciclo com a reaproximação dos dois e que está discutindo sobre as eleições de 2014 com o socialista. “Apenas quebramos o gelo”, resumiu.
A rixa de Jarbas Vasconcelos com Eduardo Campos se arrasta há cerca de 10 anos, quando Jarbas rompeu definitivamente o avô de Campos, o também ex-governador Miguel Arraes.
Ambos eram aliados.
Arraes apoiou Jarbas para prefeito do Recife em 1985.
No ano seguinte, o peemedebista apoiou Arraes para o Governo do Estado.
Em 1990, havia a especulação de que Jarbas sairia para governador e Arraes para senador.
Entretanto, Arraes ingressou no PSB e conseguiu se eleger deputado federal.
Jarbas perdeu o Governo do Estado para Joaquim Francisco.
Em 1992, veio o rompimento definitivo.
Arraes tentou emplacar Eduardo Campos como vice de Jarbas, que disse não.
Em 2010, Jarbas e Campos se enfrentaram nas urnas e o socialista saiu como vencedor.
Nos bastidores, sabe-se que o governador tem interesse de apaziguar-se com Jarbas pensando em um projeto nacional, já que é cotado para disputar a Presidência da República no pleito de 2018.
Campos também assumiu a postura de minimizar o encontro com Jarbas. “O dia de hoje [a instalação da Comissão] não foi construído hoje.
Foi um processo do qual muitas pessoas participaram”, comentou referindo-se ao convite feito ao senador para comparecer ao evento.
PT - Ferrenho crítico do governo e do PT, Jarbas manteve o tom enfático ao falar sobre a legenda. “Não quero conversa com o PT”.
Questionado sobre a declaração do ex-presidente Lula ao Programa do Ratinho na noite de quinta-feira (31), quando disse que não deixará o PMBD voltar à presidência e foi acusado de fazer campanha eleitoral, ele criticou a Justiça Eleitoral. “Não tem Justiça Eleitoral… deveria haver alguma punição.
E não só para um lado”.