Agência Reguladora do Município de Petrolina Diante da matéria publicada nesta terça-feira (29), no Blog de Jamildo, onde o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, contesta afirmações feitas pelo prefeito Julio Lossio, viemos a público esclarecer alguns questionamentos.
Em mais um ato inverossímil, Roberto Tavares elenca pontos contestando algumas afirmações feitas pelo gestor Julio Lossio.
Em momento algum, a Prefeitura Municipal de Petrolina, através da Agência Reguladora do Município de Petrolina (Armup), escondeu da população de Petrolina que os investimentos, na ordem de mais de R$ 400 milhões, contidos no Plano Municipal de Saneamento, seriam feitos ao longo dos próximos 30 anos.
Essas são informações que constam tanto no documento elaborado, quanto em matérias divulgadas nos veículos de comunicação da região.
Na mesma oportunidade, informamos que nos primeiros cinco anos o montante investido seria de R$ 145 milhões.
Assim, de forma grosseira, Roberto Tavares procura distorcer a verdade, uma vez que em momento algum o prefeito do município anunciou que entre os anos de 2012 a 2014 teriam que ser aplicados mais de R$ 400 milhões.
Nesse mesmo contexto, cabe ressaltar que quem joga para a plateia é o senhor Roberto Tavares, uma vez que, a Companhia presta um serviço de péssima qualidade, não só para a cidade de Petrolina, mas em todo o Estado de Pernambuco, conforme mostram pesquisas já realizadas.
Ora, hoje nos deparamos com uma cidade com danos causados pela Compesa, como constante falta de água, esgotamento estourado, tubulações quebradas, locais onde não há esgotamento sanitário, sem contar com os 28 mil metros cúbicos de esgoto que são jogados diariamente no Rio São Francisco.
Dessa forma, quem está distorcendo a verdade, fazendo a população acreditar que R$ 120 milhões são suficientes para que ocorra a universalização dos serviços, onde a qualidade da água esteja dentro dos padrões de potabilidade, que tenham regularidade e continuidade na prestação de serviços de abastecimento de água, dentro dos padrões estabelecidos, conforme prevê a Lei Nº 11.445, é o atual presidente da Concessionária.
Ainda é do nosso interesse, pois não há nada mais justo com a população de Petrolina, que o custo do metro cúbico cobrado de água produzido e distribuído e do esgoto coletado e tratado seja justo e que possa ser absorvido pela população.
Se R$ 120 milhões é a maior obra de esgotamento sanitário que Petrolina já viu, é importante lembrar que nunca se foi investido tanto, como diz o presidente da Companhia, por falta de comprometimento ou interesse da própria Compesa, uma vez que desde 1975 foi outorgado a Compesa a concessão para exploração dos serviços de água e esgotamento sanitário no município, onde durante estes 37 anos foram feitos outros termos aditivos, todos renovando o contrato com a Concessionária.
Ainda é surpreendente ver que, enquanto a empresa anuncia investimentos para a região, encontramos rios de esgotos tomando conta das ruas, como ocorreu esta semana na Rua do Cinza, no bairro Caminho do Sol.
Que tipo de material a Companhia vem utilizando na cidade quando nos deparamos com estouramento de 300 mm, de tubos de PVC, que foram trocados há pouco menos de cinco anos, misturando assim, água e esgoto?
Somos a favor sim, de que as rinhas sejam deixadas de lado e que haja verdadeiramente uma relação respeitosa, mas que isso seja feito entre as duas partes e não apenas de um lado.
Entendemos que o que está em jogo é o bem da população e que enquanto gestores, devemos procurar o melhor para os cidadãos, pessoas que merecem o devido respeito.
Concordamos com a afirmação de que a Compesa tem clientes, mas que não estão satisfeitos com os serviços prestados.
As queixas são constantes, as ruas vivem repletas de buracos, sem a devida pavimentação / repavimentação ou, ao menos, sinalização de que obras estão sendo realizadas naquele local.
Enquanto fatos como estes acontecem, onde a população apenas clama por melhorias e não é atendida, podemos sim, dizer que todos estão sentados, assistindo, como uma plateia que não está gostando do espetáculo.
Orlando Tolentino Ramos Agência Reguladora do Município de Petrolina