Foto: Blog de Jamildo Membro da CPI do Cachoeira, o deputado federal Sílvio Costa, do PTB, criticou publicamente, agora há pouco, no programa CBN Total, com Aldo Vilela, o ministro do STF Gilmar Mendes, por ter revelado a conserva que manteve com o ex-presidente Lula, sobre o mensalão, no escritório do ex-ministro da Justiça Nelson Jobim.
Em uma ameaça velada ao ministro do STF, Lula disse que controlava a CPI e poderia blindá-lo.
Mendes disse que ele fosse à fundo e recusou a proposta.
A conversa foi revelada pela revista Veja, neste final de semana. “O ministro não tinha o direito de anunciar a conversa com um ex-presidente.
Assim, ele politiza o mensalão.
Com o gesto, ele praticamente adiantou qual será o seu voto no processo.
Por isto, temos que acabar com a TV Justiça, é o que dá essa parlamentarização do Judiciário”, acredita. “Gilmar Mendes quer aparecer.
Tem ministros (do STF) que são caçadores de holofotes.
Quanto não vai dar de audiência esse julgamento?
Esse povo devia estar estudando os processos e não fazendo política.
Com a TV, o Judiciário começa a se deixar influenciar pela opinião pública” Para o parlamentar, Lula também errou. “Lula errou ao achar que poderia ter uma conversa de alcova, uma confraria de amigos, com o ministro do STF, mas eu repito que o mais grave é o ministro do STF ter divulgado o teor da conversa”. “Quanto mais o povo do PT querer influenciar isto, mas eles vão complicar o povo do mensalão. É feito macaco em loja de louças”, comparou.
Ele também previu que as investigações vão acabar por pegar também José Dirceu, consultor da Delta e um dos envolvidos no Mensalão.
Da mesma forma, seria inevitável que o governador do Rio, Sérgio Cabral, seja ouvido. “A festa do guardanapo, com uísque lá em Paris, com o dono da Delta, mostra que, no mínimo, Cabral facilitou algumas obras lá no Rio de Janeiro” Nesta terça-feira, o senador Demóstenes Torres vai ser julgado no Conselho de Ética.
O deputado Sílvio Costa disse acreditar que ele será cassado de qualquer forma, embora venha divulgando que já tem mais de 20 votos pela absolvição.