Foto: Guga Matos/JC Imagem Representantes do Fórum Nacional dos Trabalhadores da Indústria Naval e de Petróleo - que congrega várias entidades trabalhistas do setor - tranquilizaram os funcionários do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) em relação à possíveis demissões ocasionadas pela suspensão do contrato da Transpetro, anunciada domingo (27).

Transpetro suspende contrato com o Estaleiro Atlântico Sul José Serra diz que entrega do João Cândido em 2010 foi arma eleitoral do PT “Os aditivos contratuais assinados entre a Transpetro e o estaleiro garantem a construção dos seis primeiros navios, que manterão o EAS ocupado por pelo menos três anos.

Não há, portanto, justificativa para demissões”, disse em nota divulgada nesta segunda-feira (28).

Após o petroleiro João Cândido ter sido entregue na última sexta-feira (25), com 20 meses de atraso, a Transpetro multou o EAS e, dois dias depois, anuncidou a suspensão do contrato de 16 dos 22 navios já encomendados.

O Estaleiro terá até o dia 30 de agosto para encontrar um novo parceiro tecnológico, após a coreana Samsung ter se retirado da sociedade no início do ano.

Além disso, terá que apresentar um novo plano de ação, incluindo um cronograma de construção.

Segundo o presidente do Fórum Nacional dos Trabalhadores da Indústria Naval e de Petróleo, Joacir Pedro, a instituição fez uma reunião com os envolvidos e, nela, ficou garantido que os seis navios serão construídos. “E vamos cobrar do Governo Federal e da própria Transpetro que os investimentos fiquem em Pernambuco.

Claro que não queremos construir os navios a qualquer preço, mas também não podemos deixar os trabalhadores na mão”.

Veja o texto divulgado pelo Fórum na íntegra: “Diante das últimas notícias a respeito do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), o Fórum Nacional dos Trabalhadores da Indústria Naval e de Petróleo vem a público para tranqüilizar os trabalhadores da indústria naval de Pernambuco: Os aditivos contratuais assinados entre a Transpetro e o estaleiro garantem a construção dos seis primeiros navios, que manterão o EAS ocupado por pelo menos três anos.

Não há, portanto, justificativa para demissões por conta da suspensão dos contratos dos navios restantes.

O emprego de longo prazo no EAS só será garantido se o estaleiro atingir os níveis de produtividade desejados pelos clientes.

O estaleiro precisa de um parceiro tecnológico, que traga processos de gestão mais modernos, para ser sustentável no longo prazo e garantir o emprego e um salário digno para milhares de trabalhadores por décadas.

O Fórum Nacional dos Trabalhadores de Indústria e Naval e Petróleo tem acompanhado o desenvolvimento do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) desde seu início e acredita que o Estaleiro Atlântico Sul será capaz de encontrar um parceiro tecnológico que possa contribuir para a reversão do quadro atual.”