A assessoria técnica do PSDB na Câmara Federal estuda uma forma de intimar o ex-presidente Lula a dar explicações sobre a matéria publicada na revista Veja, segundo o qual o petista disse ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que tem o “controle da CPI [do bicheiro Carlinhos Cachoeira]” e que poderia oferecer “proteção” e ele.

Lula pediu para adiar mensalão, diz ministro Em nota divulgada à imprensa, o líder do PSDB na Casa e deputado federal por Pernambuco, Bruno Araújo, disse que “não é admissível que qualquer autoridade, especialmente um ex-presidente, tenha em seu poder informações fundamentais para as investigações e que, ao contrário de partilhá-las, faça uso político das mesmas utilizando-as inclusive para fazer ameaças veladas aos integrantes da mais alta corte do País.

Esse tipo de intromissão no funcionamento do STF demonstra que Lula não tem a real dimensão do que representa a posição de um ex-presidente”.

A tentativa do PSDB é, na verdade, de vitimar o tucano Marconi Perillo, governador de Goiás, que pode ser ter que depor na Comissão.

De acordo com Bruno Araújo, há uma clara estratégia do governo de limitar as investigações a Perillo. “Essa não pode ser a CPI de um partido e muito menos de um ex-presidente contra seus opositores e nem pode ser usada para desviar o foco do julgamento do Mensalão.

A declaração do Lula pode comprometer a lisura das investigações da CPI e expor seu resultado e todos os integrantes da comissão ao descrédito”.