Nos bastidores políticos do PT, já se trabalha fortemente com a hípótese de que os dois candidados que concorreram às prévias no domingo, o prefeito João da Costa e o deputado federal Maurício Rands, acabaram se inviabilizando, tamanho o acirramento entre as correntes internas.
Daí a movimentação para afastar os dois e indicar o senador Humberto Costa, da corrente CNB, a mesma de Rands, para a disputa de outubro.
Na banda petista de João da Costa, existe a leitura de que até recentemente poderado, Rands perdeu completamente o equilíbrio.
Caso caia no colo do petista a indicação, não há nenhuma garantia de que a pacificação seja possível.
No domingo passado, dias das prévias, o senador era um dos principal alvos da militância ligada ao prefeito João da Costa.
Em todas as zonais em que passou, sofreu uma espécie de bullying político, com ataques a sua vida pessoal.
Procurado pelo Blog, Humberto não foi localizado.
Publicamente, Humberto Costa tem defendido a anulação da eleição prévia, além da indicação do deputado licenciado Maurício Rands como candidato do partido.
Não se sabe se o prefeito João da Costa aceitaria o acordo, mas os correligionários, sob reserva, rechaçam a proposta.
Eles trabalham com a hipótese de que, não havendo a homologação do nome de João da Costa, se faça uma nova prévia. “Não existe a possibilidade de estupro”, observam. “Seria a mesma coisa de anunciar o Náutico como campeão do estadual, quando foi o sport que ganhou”.
Para que ocorresse uma nova prévia, seria necessário que ficasse provada uma fraude enorme, situação rebatida com veemência e à exaustão.
Não havendo vício, não haveria como não referendar o nome de Costa.
A maior prova de que não houve fraude, na justificativa dos aliados de João da Costa, seria a derrota do presidente do Diretório Municipal, Oscar Barreto, em quatro sessões sob sua área de influência.
O primeiro suplente de Humberto Costa é o ex-governador Joaquim Francisco, socialista indicado pelo governador.