O Cidade Debate teve início ontem, em Jaboatão dos Guararapes, com a discussão de soluções para os principais problemas do município.

Levaram falta Paulo Bartolomeu Varejão (PRB) e Elias Gomes (PSDB), atual prefeito, que alegou não participar de debates políticos até as convenções dos partidos, em junho.

O evento foi promovido pela Associação Comercial de Pernambuco (ACP) e pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (Assemp), e será realizado também em Ipojuca, Cabo, Olinda e Recife.

Cerca de 120 pessoas participaram.

O modelo do debate foi considerado uma novidade pelo cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Clóvis Miyachi. “Poucas vezes vi um debate como este, onde a discussão de problemas e soluções é entre político e população e não entre os candidatos”, explicou Miyachi.

João Fernando Coutinho (PSB) abriu a mesa declarando que os presentes eram “concorrentes e não adversários”.

Este foi o tom de todo o seu discurso, pacífico.

Na área de infraestrutura, abordou questões como pavimentação de ruas e implantação de ciclovias.

Na educação, reforçou a necessidade de implantação de ensino integral nas escolas.

Também lembrou que recebeu apoio do governador Eduardo Campos (PSB), utilizando o modelo de gestão como referência.

O deputado Cleiton Collins (PSC) criticou a atual gestão. “Ela não está com a cabeça aqui. É necessário pensar em uma política de prioridades e não fazer uma maquiagem urbana no período eleitoral”, reclamou.

Collins afirmou que Jaboatão possui uma grande riqueza histórica e vê grande capacidade de crescimento.

Quem também criticou e cobrou ações a Elias Gomes foi o ex-prefeito Fernando Rodovalho (PRTB). “Elias deveria estar presente para prestar contas sobre as promessas de calçar as ruas.

Ele mente sobre a dívida de Jaboatão.

E se tivesse o mínimo de respeito e ética teria comparecido.

Este é um governo de farsas.

Ninguém confie não”, declarou.

Apontando soluções, Luiz Carlos Matos (PTB) declarou que pretende pôr em prática leis que já existem, desenvolvendo os diversos setores do município.

Entre as propostas, educação de ensino integral, criação da Secretaria de Educação para atuar em conjunto com a Secretaria de Serviço Social (implantação de uma rede de creches) e realização de concursos para a área de saúde. “Está faltando apenas Paulo Varejão, pois todos aqui estão unidos para levar essas eleições ao segundo turno”, acrescentou Matos.

Por último, o vereador Eliezer Costa (PPL) apontou os gastos feitos pela Prefeitura. “Jaboatão tem gastos de R$ 100 milhões e não vemos a cidade crescer.

Se não tivesse tanta corrupção, cresceria.

O que temos hoje é uma política de barganha, onde se têm o povo na mão.

Precisamos criar novas vias e dar espaços para as fábricas, que até chegam ao município, mas não encontram possibilidades de crescimento”, disse o pré-candidato.