Da Agência Estado e Blog de Jamildo Ao mesmo tempo em que mantém silêncio em relação ao seu posicionamento sobre a sucessão municipal no Recife, o governador Eduardo Campos, que também é presidente nacional do PSB, vai participar de um seminário que discutirá os candidatos a prefeituras do Estado pela sigla.

O encontro ocorre nesta quarta-feira (23), no Hotel Portal de Gravatá, na cidade do Agreste.

No âmbito nacional, ele articula com o ex-presidente Lula apoio do PSB à chapa de Fernando Haddad em São Paulo antes do dia 2 de junho.

Em relação à capital paulista, o objetivo da cúpula do PT é anunciar alguma parceria eleitoral, com pelo menos um partido, antes do encontro municipal de delegados, quando o ex-ministro da Educação será referendado como candidato à Prefeitura de São Paulo, para demonstrar que Haddad não está sozinho e consegue agregar outras forças políticas.

O encontro do ex-presidente com Campos está previsto para esta semana.

Aliados tradicionais do PT, como o PCdoB, recusam-se até o momento a fazer parte da aliança e ensaiam uma candidatura própria.

O PSB é o alvo preferencial do PT por causa do compromisso assumido em janeiro por Campos com Lula de que não caminharia com José Serra (PSDB).

Em troca, o PT teria de abrir mão da candidatura em cidades estratégicas para o PSB.

Os petistas, que ainda enfrentam dificuldades para compor em algumas cidades - como Franca (SP) e Ferraz de Vasconcelos (SP) - correm para finalizar os entendimentos e entregar na mão de Lula uma lista com os gestos feitos pelo PT em prol do PSB, que devem incluir Boa Vista (RR), Macapá (AP), Duque de Caxias (RJ) e Mossoró (RN).

Integrante da coordenação da campanha de Haddad, o vereador Chico Macena afirmou nesta segunda (21) que o partido já dá como certa a aliança com o PSB.

A única pendência, disse, é Franca.

Na contramão do discurso, o vereador do PSB, Juscelino Gadelha, negou ser apenas esse o impasse para a aliança e declarou também ter posto na mesa a situação de Taboão da Serra. “Já conversei com Rui Falcão (presidente nacional do PT)”, disse.

Segundo dirigentes do partido, embora traga problemas para Eduardo Campos, o imbróglio envolvendo as prévias do PT no Recife não deve afetar o apoio do PSB a Haddad em São Paulo porque a capital pernambucana não estava no pacote de negociação entre as siglas.